É apaixonada (o) por cortinas, mas não tem certeza se sabe comprar o produto? Se sim, as arquitetas Ieda e Carina Korman, do escritório Korman Arquitetos, prepararam um guia com as principais informações para acertar na escolha da cortina. Em linhas gerais, elas afirmam que não existe uma regra que determine a escolha entre cortinas e persianas e, normalmente, vale o gosto do morador.
Outros fatores determinantes para decidir entre os dois tipos de coberturas estão relacionamentos ao bloqueio do sol e a altura das janelas. Levando em consideração a premissa de que uma cortina deve acompanhar o tamanho da parede, a existência de um móvel posicionado na altura da esquadria de uma janela ‘pede’ uma persiana.
No que diz respeito à largura das janelas, há mais flexibilidade: pode-se cobrir apenas a janela ou a parede inteira. “No caso de aberturas descentralizadas, indicamos utilizar cortinas na parede inteira, pois ajuda a disfarçar a diferença entre os lados”, indica Ieda.
Acompanhe as principais dúvidas esclarecidas pelas arquitetas da Korman.
1. Cortinas com trilho ou varão?
Executado em gesso ou madeira e nas versões sobreposto ou embutido, o cortineiro é perfeito para receber cortinas com trilhos, que permanecerão ocultos e não trarão interferências na ambientação do décor.
Além da facilidade para colocar ou retirar a cortina, o varão é mais eficaz em ambientes com forro inclinado, que impedem a fixação do trilho no teto. “O varão se integra ao décor. Por isso, esqueça das ponteiras ornamentadas, que estão super em baixa atualmente”, comenta Carina.
2.Acerte na quantidade de tecido
A conta é simples. Após medir a largura da janela, multiplique a metragem por dois. Depois verifique a altura e adicione 60 cm para a confecção da barra e o cabeçote. Em seguida, o resultado dessas duas contas deve ser multiplicado.
Ou seja, no caso de uma janela com 2 metros de largura e 2,6 metros de altura, a conta seria: 2 x 2 = 4 // 2,60 + 0,60 = 3,20
Multiplique um resultado pelo outro: 4 x 3,20 = 12,80 m²
Essa fórmula vale para tecidos com 1,40 m de largura. Caso o corte tenha 3 m de largura, o que permite usá-lo na horizontal, compre metade dessa quantidade.
3. Padronize os modelos
Em ambientes com várias aberturas, a dica das arquitetas é que todas as cortinas ou persianas sejam iguais, garantindo unidade visual. “Caso o ambiente apresente uma janela com um móvel abaixo de sua altura, indicamos a confecção de uma cortina do tipo romano, mais curta, e produzida com o mesmo tecido das demais”, diz Ieda.
Vale destacar que sempre é possível ‘brincar’ com as padronagens no décor. “Em um projeto com porta-balcão e diversas janelas no mesmo espaço, por exemplo, estas podem acomodar telas solares, e a porta, uma cortina longa”, acrescenta.
4.Tendências para cortinas
Cortinas fluidas, que garantem um visual leve, são uma tendência mundial para os ambientes. Exemplo: modelos em linho ou linho ou gaze de linho com poliéster. No que se refere ao estilo de prega, as arquitetas defendem o uso da wave, que tem feito bastante sucesso ultimamente.
5.Melhores tecidos
Quando existe entrada excessiva de sol, os móveis, piso e até a própria cortina podem acabar danificados. Para isso, forros com matérias-primas como tergal verão e gabardine são indicados.
“Se preferir escurecer completamente a área, encomende um blecaute para ser instalado atrás do tecido”, diz Ieda. Para fugir do visual plastificado, o blecaute 70%, apesar do menor poder de vedação, se configuram com uma aparência mais natural e são capazes, inclusive, de fazer as vezes de cortina.
Se a intenção é suavizar os ruídos de fora, as arquitetas indicam tramas mais grossas. “Veludo, algodão, sarja e linho, bem como os blecautes, ajudam nessa tarefa”.