Que Gilberto Gil já compôs, cantou e deu melodia a muitas músicas, todo mundo sabe. Mas você conhece e se lembra da trajetória política do artista ao longo dos seus quase 80 anos de vida? Não? Calma, o iBahia te ajuda. Nesta quarta (22), o portal traz um pouco dessa estrada, que também integra a história do Brasil.
Nascido em Salvador no dia 26 de junho de 1942, Gilberto Passos Gil Moreira, nosso eterno Gil, teve o primeiro cargo político aos 46 anos. O marco veio depois que ele foi eleito vereador da terra natal pelos seus conterrâneos. Foi exatamente no dia 2 de março de 1989, que o artista iniciava seu mandato na Câmara Municipal da cidade.
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Na Casa, entre outras coisas, Gilberto Gil atuou como presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente, integrou os conselhos consultivos da Fundação Mata Virgem e da Fundação Alerta Brasil Pantanal, e também presidiu o então Centro de Referência Negro-Mestiça (Cerne), que foi instituído por ele e o antropólogo Antonio Risério.
Em 1990, o cantor chegou a representar oficialmente a Câmara Municipal de Salvador no Congresso Mundial de Governos Locais para um Futuro Sustentável, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), em Nova York.
Gil também criou o movimento ambientalista Onda Azul, com o objetivo de proteger os rios e mares brasileiros. Posteriormente, o projeto foi institucionalizado e se tornou uma fundação. Uma das suas últimas conquistas antes do fim do mandato, em 1992.
Focado novamente na música, o artista ficou afastado de cargos políticos por 11 anos, mas nunca ficou parado. Ele atuou em diversos órgãos nas áreas cultural, social e educacional, como o Conselho de Cultura do estado da Bahia, em 1979, e o Comunidade Solidária, entre 1995 e 2002.
No ano de 2001, Gil também foi embaixador da Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura (FAO).
Mas foi em 2003 que o cantor assumiu o maior cargo político da sua trajetória. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumia o governo em seu primeiro mandato, Gil se tornou ministro da Cultura.
Entre as principais ações da gestão do artista no Ministério, está o programa Mais Cultura, conhecido como PAC da Cultura, que colocou o seguimento como política pública prioritária.
Também foram proporcionadas políticas na área de audiovisual, permitindo que projetos culturais tivessem acesso a equipamentos multimídia.
Durante o mandato, Gil criou ainda um Plano Nacional de Cultura, atuou na área indígena, aumentou o uso de seleções públicas em ações da pasta e os investimentos em restauração de bens, e tornou patrimônio público vários bens imateriais, como o samba e a capoeira.
O artista ficou no cargo até o ano de 2007, no início do segundo mandato de Lula, quando pediu demissão para focar na carreira. Desde então, o cantor não mais assumiu cargos políticos.
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Alan Oliveira
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