A morte de Letieres Leite, maestro da Orquestra Rumpillez e compositor, pegou o meio artístico de surpresa. Especialmente que estava tão próximo, lidando com ele com regularidade, para transformar a vida do artista em um documentário.
Intitulado ‘As Travessias de Letieres Leite’, o doc da produtora Janela para o Mundo, com direção e roteiro de Letícia Simões, ainda estava em fase de produção. O filme foi gravado em abril, durante todo o mês de outubro, e seguiria a gravação em dezembro, janeiro e fevereiro.
“Era um filme em que eu assino a direção e roteiro, mas Letieres sempre esteve junto, desde o primeiro momento, dialogando sobre tudo, propondo, acompanhando, criando junto”, contou a diretora.
“Ele, inclusive, tinha proposto de, uma vez o filme montado, fazer a trilha ao vivo, como Miles Davis fez com Louis Malle, no filme "Ascensor para o Cadafalso". Ele era muito ligado, antenadíssimo com música, artes plásticas, cinema, e havia muitas ideias em conjunto”, ressaltou Letícia.
A diretora e roteirista descreve o filme como “um mergulho sem bote salva-vidas no processo criativo de Leti, que fazia mil coisas ao mesmo tempo, e todas de forma magistral”.
“Letieres viajou, trabalhou, estudou e ensinou no mundo todo, mas sua residência era a Bahia. Por isso, o filme começa e termina em Salvador. Já filmamos em Recife, no Rio de Janeiro, vamos a Cuba e a Angola, mas As Travessias… se fazem na Bahia. E assim estávamos agora, em outubro, quando realizamos lindas e íntimas filmagens do processo do maestro”, relatou a cineasta.
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Redação iBahia
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