Foi tanta saudade morando no peito de Kiko, Leandro e Bruno que após sete anos de pausa, o grupo KLB voltou aos palcos com a turnê 'KLB - 20+2 Experience' devolvendo vida, fantasias e o ar de uma legião de fãs que há 22 anos acompanha a história da banda paulista, e para além disso, dando a esperança de novidades por aí.
Em entrevista ao iBahia, Bruno Scorn, o B do KLB, revelou que os fãs não irão ficar apenas no "remember" com as músicas antigas da banda. A reunião para a turnê comemorativa do grupo rendeu uma nova música que já foi gravada e deve ser lançada nos próximos meses.
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"Iniciamos a turnê preocupados em começar e terminar. Entregar do jeito que a gente idealizou e trabalhou para acontecer, mas obviamente ideias vão surgindo nesse caminho e a gente já está com música gravada, ela está na fase de mixar e masterizar e com certeza mais na frente vamos lançar. O KLB não está acostumado com isso de lançar singles, somos da época do CD e o nosso público gosta do álbum completo então estamos pensando em algo assim", adianta o artista.
Além de canções inéditas, os fãs podem esperar um DVD com registros dos shows que estão sendo feitos ao redor do país. "Todos os shows estão sendo gravados, a gente ainda não sabe se vai transformar em um DVD, em um documentário, mas com certeza vai vir coisa por aí".
Após rodar diversas cidades brasileiras, o trio desembarcou nesta sexta-feira (26) na capital baiana para viver ao lado dos soteropolitanos, e de fãs que vieram de vários lugares do Brasil e do mundo, mais um momento marcante na carreira, o show na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.
"A Bahia é diferente, é uma energia que não tem em outro lugar. É muito bom estar aqui com vocês. Já me sinto baiano, quero até cantar axé", brincou Kiko antes de começar a cantar para os fãs na passagem de som.
"A experiência está sendo maravilhosa. Fizemos o nosso primeiro show em junho, e a hora que a gente subiu no palco, que abriu a cortina e a gente viu aquela multidão, aquele mar de gente, eu voltei no tempo", conta Bruno Scorn ao iBahia.
"Faz tanto tempo que eu venho te seguindo…"
A cada dez palavras que elas falam, onze é KLB. Paixão de fã é inexplicável, e para quem acompanha o grupo há 22 anos, poder estar pertinho dos artistas é um sonho que se transforma em realidade.
O iBahia acompanhou a passagem de som do show, que acontece junto ao Meet & Greet da banda, momento em que os fãs ficam ainda mais perto dos artistas e conseguem tirar fotos, e já nos primeiros segundos de palco, Leandro apontou rostos conhecidos na plateia.
Em conversa com alguns dos mais fantáticos, o site descobriu a história de Carine Souza, conhecida como Cari, de 35 anos. Fã de KLB desde o início da banda, a baiana só pôde comprar o ingresso para assistir de pertinho os ídolos na véspera do show, devido ao estado de saúde que quase a impossibilitou de estar na Concha Acústica.
"Sou fã deles há 22 aos, comprei o ingresso o ontem porque não sabia se iria poder vir. Fiquei com muito medo de terminar os ingressos antes, mas consegui estar aqui".
Acompanhada da mãe, Cari conta que a banda esteve com ela nos piores e melhores momentos de sua vida. "A banda me deu força para passar por tudo que eu já passei ao longo desses 17 anos, que eu fiquei acamada. Quando eu escuto as músicas deles eu sinto uma alegria que não consigo explicar".
Bruno conta que depois de tanto tempo de palco e da vida na estrada, alguns fãs já se tornaram figurinha carimbada.
"É maravilhoso poder ter essa interação com o público, porque eu vejo as pessoas chorando, e isso me emociona demais. É difícil tirar o choro de alguém, é difícil você tirar emoção de alguém e assim é 90% das pessoas que chegam para a gente choram, treme e eu paro e fico pensando 'Meu Deus, que loucura que coisa maravilhosa'. Eu dou muito valor para essas pessoas".
Entre as fãs que viajaram do interior da Bahia para viver o momento ao lado dos cantores estão Arianne Donato, de Brotas de Macaúbas, próximo ao "coração da Bahia" na Chapada Diamantina e Jaqueline Policarpo, de Irecê, a aproximadamente 413km de Salvador.
"Sou apaixonada desde os 10 anos e percorri esse caminho todo para viver esse sonho", diz Jaqueline de 32 anos. "Pode colocar aí que eu também vim de longe para ver meus amores", brinca Ariane, também de 32.
Na plateia era possível ver fãs à moda antiga, com sacolas de presentes e cartinhas para os integrantes da banda, e cartazes, como o de Cecinha Alencar, de 28 anos, que veio do Piauí para reviver o momento com a banda e conseguir mais uma foto ao lado do trio.
"Eu acompanho a banda desde pequenininha, desde os seis, sete anos. Quando vi a primeira vez no Gugu foi amor a primeira vista. Sou do Piauí e já fui em shows lá e agora estou aqui em Salvador pra reviver esse momento. Para mim é uma emoção tremenda o retorno deles ao palco, sou muito grata a banda e digo que parte do que sou hoje é por causa deles, que me ensinaram a nunca desistir de sonhar".
"Te vejo tão longe, de mim tão distante, além do horizonte…"
Durante o período longe dos palcos como um grupo, cada um seguiu uma carreira. Kiko se dedicou a produção, enquanto Leandro foi para longe da música com uma carreira na política, e Bruno investiu no MMA.
"O KLB nunca acabou. É natural do ser humano cansar um pouco, então cada um seguiu em uma carreira paralela. Leandro na política, Kiko na produção e eu também na música, com um projeto de eletrônica e com a minha carreira no MMA", conta o artista.
"Fiz duas lutas profissionais, era uma coisa que já fazia desde pequeno, parece que tá no sangue do brasileiro né? Isso de ser esportista, então nesse período me senti apto para treinar e poder entrar no profissional. Hoje não consigo mais fazer isso".
"Você pode voltar atrás, tudo o que vivemos entre nós ninguém pode roubar"
A sintonia que os fãs veem nos palcos com o retorno aos palcos é o mesmo nos bastidores da turnê 'KLB - 20+2 Experience'. Entrosados, Kiko, Leandro e Bruno, mostram os 22 anos de história deram ao trio intimidade o suficiente não só para entre eles como também com a equipe.
Ao chegar para as fotos, Kiko mostrou o bom humor e brincou com quem estava no camarim. "É especial viver isso de novo com vocês", disse o artista para os fãs. Com a equipe, os artistas distribuíram abraços e piadas.
Ao iBahia, Bruno riu ao falar sobre os bastidores do passado que já foram conflituosos. "A gente já fez guerra de hambúrguer dentro do camarim. Era uma briga, nós respeitamos demais o espaço um do outro, então quando brigamos é sempre assim, mas sem agressão. Na hora de subir no palco, nos abraçamos e parece que nada daquilo aconteceu. Eu amo meus irmãos", disse aos risos.
A banda ainda se apresenta em algumas cidades do Nordeste com a turnê e fazem o Norte do Brasil. Para o futuro, sem pressão para o projeto audiovisual: "O futuro a Deus pertence".
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Bianca Andrade
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