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MÚSICA

Evaldo Braga: sucesso popular do cantor resiste ao tempo

Cantor, que faria 63 anos hoje, tem 14 hits reunidos em boa coletânea

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28/09/2011 às 13:22 • Atualizada em 03/09/2022 às 21:30 - há XX semanas
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Se estivesse vivo, Evaldo Braga completaria 63 anos hoje. De ascensão meteórica, o cantor infelizmente morreu aos 25 anos, no dia 31 de janeiro de 1973, em acidente de carro na BR-3 (atual BR-040), estrada lendária que liga o Rio de Janeiro a Belo Horizonte - e imortalizada na MPB pela voz soul de Tony Tornado, na década de 70. Artista que gravou apenas dois LPs e chegou a vender 500 mil discos em 1972, o cantor tem 14 sucessos reunidos na coletânea Evaldo Braga - Sempre (Som Livre). São canções muito românticas, com arranjos bregas - ou cafonas, como se dizia na época - influenciados pela Jovem Guarda, tendo naipes de metais e guitarras chorosas, e interpretadas com voz potente.
Bebê no lixo - Quase todas se transformaram em clássicos populares, como A Cruz que Carrego, Mentira, Esconda o Pranto num Sorriso e a bonita Sorria, Sorria: “Sorria meu bem, sorria/ Da infelicidade que você procurou/ Sorria meu bem, sorria/ Você hoje chora/ Por alguém que nunca lhe amou”. De origem humilde, a vida de Evaldo Braga é um incrível dramalhão à espera de um cineasta. Nascido na cidade fluminense de Campos dos Goytacazes, ele não conheceu os pais e foi abandonado pela mãe - uma prostituta, supostamente - ainda bebê numa lata de lixo. Em algumas canções, o compositor fazia referências ambíguas ao episódio de seu abandono pela mãe. Em Eu Não Sou Lixo, ele canta: “Eu não sou lixo/ Pra você fora jogar, meu bem/ Você fez coisas/ Que eu nunca hei de fazer/ Só peço a Deus, amor/ Que me faça te esquecer”. O mesmo acontece em Só Quero: “Eu só quero é lhe ver/ Para nunca mais chorar/ Eu só quero é lhe ver/ Mas você onde andará”. Dadá Maravilha - Criado numa escola do Serviço de Atendimento ao Menor (SAM, posterior Funabem-Febem), ele costumava dizer a um colega que seria um cantor famoso. O outro garoto afirmava que também seria famoso, mas jogando bola. Esse colega é Dadá Maravilha, um dos maiores artilheiros da história do futebol brasileiro. Trabalhando como engraxate na Rua Mayrink Veiga, onde ficava a rádio homônima, no centro do Rio, Evaldo Braga conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro, que gostou do seu vozeirão e o levou para Jairo Pires, produtor da Polydor, selo da atual Universal. Lançado como O Ídolo Negro, nome do seu primeiro disco, em 1971, Evaldo fez sucesso imediatamente. A fama, porém, não tirou a tristeza e a solidão da vida do cantor. O seu motorista, com quem bebia junto - e muito -, era o seu melhor amigo. Como bebida e direção de carro não combinam, aconteceu a desgraça na BR-3. Ouça clássico de Evaldo Braga:[youtube xcQtaCdewms]

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