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"A ousadia triplicou", brinca Léo Santana sobre carreira solo

Cantor conversou com o iBahia, falou sobre o processo de saída do Parangolé, a relação com os fãs na nova fase e a ida de Tony Salles para o grupo de pagode

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08/04/2014 às 13:39 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:00 - há XX semanas
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O cantor Léo Santana deixou os vocais do Parangolé e já iniciou o projeto da carreira solo. Com apenas 25 anos, o pagodeiro se diz realizado com a aceitação do público e confessou que nada mudou desde sua saída da banda. "Só a marca que mudou e a ousadia que triplicou, musicalmente falando (risos)", brincou ele. Em entrevista ao iBahia, Léo explicou como foi o processo de transição para a carreira solo, a escolha de Tony Salles para comandar o Parangolé e a relação com os fãs nesta nova fase na carreira profissional. Confira:
iBahia: Como foi o processo de transição para a carreira solo? Léo Santana: Maravilhosa. Foi tudo muito bem negociado. É sempre bom ressaltar isso de que, quando se fala em carreira solo, sempre cogita-se que foi desgaste com empresário, brigas... Mas de fato não foi isso. Conversamos e resolvemos. Deu até um medo porque pensei: 'caramba, eles são donos da marca Parangolé'. Não sabia se eles seriam por mim, artista, ou pela marca. Demorei um pouco, fiquei com isso na cabeça, não dormia, pensava muito nisso. Daí chegou o momento e decidi falar: 'por mais que não aceitem ou não queiram, ao menos vou desabafar'. Chamei o Marcelo Brito e Wilson Kraychet e falei: 'Isso está comigo há algum tempo, mas quando eu resolvi falar tem um ano'. Ele falou: 'estou contigo, confio em você e em seu trabalho'. Não pensou duas vezes. Isso me deixou muito feliz. Mas ele botou uma vírgula: 'vamos com calma, vamos fazer uma logística, montar uma estratégia bacana sem se precipitar’. Mas eu sou uma pessoa muito ansiosa, sou taurino: tudo que quer, quer na hora (risos). Eu acabo quebrando muito a cara com isso, por querer tudo na hora e às vezes não pode ser assim. Ele, então, falou: ‘vamos esperar o momento’. Mas eu disse: 'rapaz tem que ser agora'. Foi aí que veio o lance do Léo Santana & Parangolé. Isso já era uma jogada de marketing para ir para a carreira solo. E foi quando chegou perto do Carnaval, anunciamos para o Brasil todo e graças a Deus saiu tão sutil, não teve nada de polêmica, foi tudo natural. Esse lance de seguir carreira solo foi exatamente por isso, porque chegou um momento de minha liderança no Parangolé, que já não existia mais o Parangolé em termo de divulgação, de imprensa. Era tudo Léo Santana, tanto coisas positivas quanto negativas. Aí pensei: 'meu nome está tão bem perante à marca, por que não pensar em carreira solo?'. Mas os músicos vão continuar os mesmos? LS: Vai continuar a mesma banda, mesmo empresário, mesmo tudo. Só a marca que mudou e a ousadia que triplicou, musicalmente falando (risos).
Como você avalia o último Carnaval à frente do Parangolé? LS: Foi fantástico, muito mais profissional, muito mais maduro. Não teve aquele lance de 'o que é que Léo Santana vem fazer agora'. Foi uma coisa que já faz parte do Carnaval, claro que não se comparando aos outros fenômenos do Carnaval, mas não foi aquela expectativa como o período do sucesso do 'Rebolation'. Já passamos (no circuito) com mais profissionalismo, mais respeito perante à imprensa e às pessoas que estavam curtindo. Foi muito bacana, me senti realizado. Na verdade estou realizado só de ter chegado aqui, com 25 anos, e sete anos só de estrada e já ter vivido tudo isso, para mim é uma bênção de Deus. Tony Salles vai lhe substituir no Parangolé. Ele disse em algumas entrevistas que você o indicou. Você deu a sugestão do nome dele logo quando decidiu deixar a banda? LS: Não, antes eu não tinha comentado nada com ninguém. Mas depois eu dei minha opinião sobre ele, que é um cara que já tem bagagem na música baiana e todo mundo conhece o trabalho dele, tem uma experiência muito grande. Na verdade, cogitaram diversos outros cantores, incluindo o próprio Tony. Marcelo e Wilson Kraychet pediram a minha opinião e eu, sendo bem sincero como público, falei: 'se for olhar por esse lado, Tony é o mais específico para isso. Mas por outro lado, esse menino aqui, que não precisa citar o nome, tem outras características. Mas quem decide são vocês. Sou apenas uma opinião à parte, vocês é que são os donos da marca e que sabem o que é bom. Mas a minha opinião é essa'. Aí escolheram ele. Só que independente disso, o Tony é meu amigo. A gente sempre se encontrava, ia para casa dele. Considero meu amigo e tenho certeza que ele também, a gente sempre se falou. Quando foi definido que ele iria assumir o Parangolé, ele me mandou uma mensagem falando: "tenha certeza que vou honrar com o que você fez aqui". Eu não tenho dúvida disso. Acompanhava o Tony quando eu era criança, era fã. Tenho certeza que ele vai fazer uma grande história no Parangolé, assim como eu fiz e outros cantores que passaram por lá fizeram também. [youtube kBCIAOdiub4] O seu primeiro show de carreira solo em Salvador foi em Cajazeiras. Teve algo especial na apresentação que chegou a lhe marcar?
LS: Me emocionei. Foi muito louco porque foi pouco tempo de ensaio porque estávamos de férias. Ou a gente entrava de férias ou entrava em estúdio para preparar o show do lançamento. Eu tinha 22 dias de férias, mas passei apenas uma semana lá fora e voltei para o Brasil para ficar mais ligado no show. Jamais vou esquecer meu primeiro show solo. A imprensa inteira e os amigos foram no camarim nos prestigiar. A praça estava lotada, recorde de público no Festival da Cidade. O que mais impressionou a gente da banda foi a aceitação da galera com as músicas inéditas. De 100% do show, uns 70% foi de música nova e todo mundo sacudiu, foi um fervor. Isso me deixou muito feliz. Eu sai de lá vislumbrado, no bom sentido. Porque Cajazeiras é meio que uma cidade, é muito grande. Então tinha muita gente, parou o bairro. Para conseguir chegar até o palco foi um sacrifício por causa do engarrafamento. Estava programado para subir ao palco às 22h, mas o show só começou meia noite. Mas eu estou feliz pela galera de Salvador ter ido lá me prestigiar. No último final de semana você cantou no Armazém e Léo Kret fez uma dança sensual com você e chegou a rasgar sua roupa. Como foi isso?
LS: Era uma vez meu figurino (risos). Eu fiquei falando como se a gente tivesse combinado. Eu não esperava. Eu fiz: 'ainda bem que deu tudo certo. A gente ensaiou isso'. Claro que não, foi tudo muito espontâneo. Levei tudo na brincadeira. Léo é minha amiga, pegada de gueto. Nem imaginava em ser quem eu sou hoje quando a gente se conheceu. Ela era do Saiddy Bamba e criamos uma amizade verdadeira até hoje. Você tem muitos fãs gays, como é sua relação com esse público? LS: Fantástico, respeito todos. Tenho amigos, inclusive. O assédio é forte demais (risos) e engraçado pra caramba. Eu ganhei diversas vezes as enquetes na revista ‘G Magazine’ por causa deles. Então fico feliz. É um carinho verdadeiro de quem gosta mesmo do artista. Eles sempre estão ali colado, acompanhando e apoiando. Nas minhas redes sociais, eu olho os comentários deles e digo: ‘meu Deus’. Mas é muito bacana. Tenho carinho muito bom por todos eles.
Tem muitos fãs seus que tatuam seu nome e você mostra isso nas redes sociais. Como você avalia esse tipo de fã? LS: É de se assustar. Cada tatuagem que vejo, digo: 'caramba'. Mas a mais assustadora de todas foi a de uma menina de Recife que fez meu rosto nas costas inteira. Quando eu vi, eu falei: 'meu Deus, o que é isso?'. E ela ainda tatuou o nome Parangolé. É muito assustador pra mim como artista e como pessoa, principalmente. Mas ao mesmo tempo é gratificante. Sempre posto todas as tatuagens que elas fazem. Dou print na tela e posto nas redes sociais. Eu tenho os nomes de minha mãe e meu pai, mas as bocas que fiz no pescoço foi meio que uma homenagem ao meu ídolo, o Usher, que também tem tatuagens de bocas e tribais. Mas foi inspirado nele, então não deixa de ser um fanatismo. Eu vejo dessa forma. É um jeito de mostrar o quanto gosta daquela pessoa e o quanto você a respeita. Mas é assustador, digo sinceramente que é assustador. Mas eu fico feliz, é sinal que tenho fãs de verdade e que realmente existem Leomaníacos e Leomaníacas. Se os fãs estão com você, não tem o que temer. *Com supervisão e orientação de Aline Caravina

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