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BBB 12 acaba com final entre amigos e campeão previsível

Formada por dois praianos, essa final estava escrita desde o último mês e a única coisa de não óbvia sobre a disputa é o fato de Fabiana estar nela

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29/03/2012 às 17:47 • Atualizada em 27/08/2022 às 9:23 - há XX semanas
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O Big Brother Brasil 12 acaba na noite desta quinta-feira (29) no que deve ser a final com menos suspense na história do reality show – e olha que isso é uma especialidade do programa, que raramente chega ao último dia com muitas dúvidas sobre quem será o novo milionário do país. As pesquisas variam na porcentagem com que o veterinário Fael deve garantir o R$ 1,5 milhão – vão de 70% a impressionantes 90%. Formada por dois praianos, essa final estava escrita desde o último mês e a única coisa de não óbvia sobre a disputa é o fato de Fabiana estar nela. Por sorte (ou proteção, dizem os mais conspiracionistas), a paulista se garantiu no top 2. Venceu as três últimas lideranças e não deu chance ao público, que partiu de uma aprovação à garota-propaganda para um ódio irrestrito, de expulsá-la da casa antes do derradeiro momento. Na verdade, também isso não é lá muito inédito – quase todo BBB tem um participante que vai chegando até a final por muitos acidentes de percurso, paredões inesperados, e já teve finalista que nunca conheceu o gostinho da berlinda (aconteceu no BBB6, quando a modelo Mariana chegou à final zerada de paredões e ainda arrematou a segunda colocação). Fabiana fez muita gente torcer o nariz dentro da casa e recebeu repetidas críticas, principalmente dos selvagens, por forçar uma personagem, ser atriz, fingir, querer aparecer mais que todos. Tudo isso estava lá no começo numa briga entre a paulista e Ronaldo que serviu como um amargo epílogo para o rapaz na casa. Curiosamente, dois meses depois, aliados da garota-propaganda à época agora dizem o mesmo – o eliminado Jonas, o próprio público que quer crucificá-la. Jonas disse que “a máscara caiu” e que se arrepende de não ter indicado Fabiana quando foi líder. Os telespectadores também parecem enxergar uma Fabiana diferente. O mesmo público que bateu pé nas redes sociais pedindo anulação de uma liderança do goiano Yuri em prol de Fabiana passou três semanas escrutinando as provas vencidas pela loira para tentar destroná-la.
A paulista venceu provas que exigiam resistência, inteligência, sorte, rapidez. Adversários dizem que ela usou métodos condenáveis, pressão psicológica, tentava desestabilizá-los (acusações de longa data dentro da casa). Agora nada disso importa, mas é impossível dizer que Fabiana não fez por merecer estar na final. Ela quis demais, insistiu demais, tentou demais, fez tudo demais, jamais se isentou – o resumo de uma participante que só entrou na casa por conta da desistência em cima da hora de outra pessoa. Já Fael é diferente. Fael já era o vencedor virtual do BBB 12 desde o dia em que levantou da platéia para entrar na casa mais vigiada do país. Pode-se até dizer que ele esteve deitado em berço esplêndido nesses três meses, em que não não chegou a haver muitas dúvidas de que o veterinário se sagraria campeão – quem mais chegou perto de ameaçá-lo foi o amigo Jonas, eliminado na terça-feira, mas mesmo assim não de uma maneira muito forte. Os 54% de eliminação de Jonas é um número enganoso – poucos votos, pouco esforço, público desmotivado pelo paredão considerado precoce. Por mais humilde que Jonas parecesse aos olhos do público, a competição com um caubói do interior do Mato Grosso do Sul era forte demais. Fael jogava contra si mesmo, contra uma possível derrapada que nunca ocorreu.
Mesmo que dentro da casa Jonas tenha se articulado mais e desenhado uma trajetória mais interessante, não importa. No final das contas o BBB segue sendo um jogo de empatia e de julgamento – por parte do público. A trajetória de Fael, para pegar emprestado um texto do apresentador Pedro Bial, foi uma reta. Embora nunca tenha sido insípido e tenha lido bem o jogo (talvez até por isso), ele voou abaixo dos radares. Não se expôs muito e segurou a onda, foi fiel ao seu grupo, jogou num menos é mais. Impecável para os telespectadores. Aliás, vamos falar dos grupos. Mais um BBB dividido ao meio – como disse o carioca Rafa, esta é uma das constantes do reality. O programa força, a edição força, mas dessa vez os próprios participantes forçaram. A ansiedade da Selva em definir o jogo e partir prum tudo ou nada já nas primeiras semanas acabou por matar o BBB 12. Logo ficou claro que o público se comprazia em eliminar os “selvagens” de um por um e deixar o jogo mais e mais sem graça. A soberba e a cegueira do quarto Selva eram grandes e naquelas primeiras semanas o jogo já terminou para eles – não houve tempo para uma reinvenção e, mais que tudo, o público não permitiu uma reinvenção, como ficou claro com Yuri. Mas também é de se lamentar a cegueira que não permitiu que se enxergasse os participantes por si mesmo, independente de divisões e rivalidades. Selva contra qualquer pedra daria em eliminação da Selva – como provaram os vários paredões vencidos por João Carvalho, que depois saiu chutado com facilidade ao enfrentar Fael. A edição deve ressaltar mais uma vez hoje à noite a lealdade e simplicidade dos praianos, a animação e a amizade dos selvagens.
O que resta agora é só sentar e assistir ao inevitável, antes de dar tchau a uma edição que começou marcada pela polêmica. A ida da polícia ao Projac para investigar uma suspeita de abuso sexual por parte de um participante fez todo o episódio do franco-angolano Sérgio com a PF nos idos da primeira edição parecer fichinha e lançou todo o começo do BBB em uma bruma de baixo-astral sem fim. Apesar das críticas (sempre) de elenco mal escolhido e que questionam a própria qualidade do programa em si, o BBB 12 teve melhor audiência em geral que o 11. O 13 vem aí (e o 14, o 15…), garante o diretor Boninho. Ano que vem tem mais. DUAS SURPRESAS * Jonas – É duro admitir, mas para quem via o rostinho do Jonas na lista de selecionados para o BBB 12 só podia pensar que ele estava ali para preencher a cota de modelos lindos e fazer casal dentro da casa. Prometia ser um novo Rodrigão (ou seja, não fazer nada no BBB e esperar a vitória cair no colo por ser, bem, lindo). Ok, ele fez casal e foi lindo, mas fez muito mais. O gaúcho mostrou inteligência e empatia dentro do BBB e foi o responsável por unir a Praia em um momento que o grupo nem grupo era. Correu atrás de voto, foi estratégico, mas nunca esqueceu do jogo social – apesar de muitas brigas na casa e da falta de tato vez ou outra com as meninas que ficou. Teve o azar de cair no último paredão contra Fael ou estaria hoje na final.
* Monique – A catarinense Monique teve um terrível início de Big Brother e já estava tudo escrito na primeira festa, quando bebeu, chorou, se lamentou e acabou ficando meio sem vontade com Daniel. Os dois depois foram juntos para o quarto e o resto já é história. Depois de todo o escândalo, Monique saiu da casa para depôr algumas vezes, vivia tensa, escondia obrigatoriamente tudo dos colegas (todos só foram saber de toda a polêmica do lado de fora). Mas aos poucos Monique foi se soltando e se tornando a alma das festas (recitando pagodes românticos, claro). Mas ela não era só uma party girl – era divertida, espontânea, bom ombro amigo e a pessoa com melhor circulação dentro da casa. Era Selva, mas teve que ouvir algumas “acusações” de ser praiana. Com seus problemas com a balança e crises de auto-estima, Monique incorporou paranóias de toda mulher. Alguns acham que ela passou do ponto e sua briga definitiva com Jonas selou sua eliminação, mas sem dúvidas este programa não teria sido o mesmo sem a catarinense. DUAS DECEPÇÕES * Jakeline – A baiana Jakeline entrou com potencial e tinha um perfil que facilmente poderia cair no agrado popular, além de ter sido a primeira pessoa “perseguida” na casa – e a gente sabe o que acontece quando começam a botar muito uma pessoa no paredão, né? Mas acontece que Jake exagerou na dose e o público acabou enxergando o que fazia os participantes votarem na feirense: uma personalidade exagerada, quase histriônica. Chata, enfim. Pedro Bial não perdoou no discurso (“vira personagem de si mesmo” etc). Se tivesse passado naquele paredão contra Renata, seguido adiante, talvez colasse, voasse longe no jogo: não foi o caso. Saiu por pouco, mas saiu – e na segunda semana.
* Kelly – Com a mineira Kelly foi diferente. Ela foi longe, mas nem parece. Já é de praxe ter um participante do BBB que entre e saia sem dizer muito a que veio. No caso da Kelly, parece que sua única função no jogo foi servir de apoio à amiga Fabiana. Descrita como guerreira e batalhadora, a morena era perigosa nas provas de resistência mas só aí. A despeito de várias intimadas do apresentador Pedro Bial, não conseguiu se impôr, se expressar, deixar de lado o jeito cheio de dedos. Talvez seja de fato de sua personalidade a falta de incisividade, mas em um jogo como o BBB isso pode ser fatal, por mais boazinha que a pessoa seja.

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