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Claudia Raia fala sobre sexualidade: 'vivo os meus desejos'

Atriz passeia pelos mais diferentes temas com a segurança de quem sente orgulho de tudo o que construiu até aqui

Redação iBahia • 07/04/2021 às 20:03 • Atualizada em 28/08/2022 às 21:35 - há XX semanas

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Não existe assunto tabu para Claudia Raia. Aos 54 anos de idade e 35 de carreia, a atriz passeia pelos mais diferentes temas com a segurança de quem sente orgulho de tudo o que construiu até aqui. “A carreira, assim como a vida da gente, não é feita de um só momento. São as escolhas que a gente faz que vão nos levando”, comenta.
No ar com a reprise de “Ti-ti-ti”, Claudia concedeu uma entrevista em que desfila bom humor e positividade ao falar da educação dos filhos, dos trabalhos em curso e até mesmo sobre sexualidade. “Não só tenho meus desejos como vivo os meus desejos. Acho que a sociedade ainda tem medo de mulheres assim, que vivem os próprios desejos. Isso é uma revolução, não se curvar ao que a sociedade espera que seja uma mulher de 54 anos”, diz, no bate-papo a seguir.
Claudia Raia | Foto: reprodução / Instagram
Como tem sido a volta de “Ti-ti-ti”? Sente que a nostalgia tem sido mais importante do que nunca nestes meses?
Amei receber essa notícia e estou acompanhando "Ti-ti-ti", amor. É uma novela tão leve, tão para cima. Um texto delicioso da Maria Adelaide Amaral e tudo sendo conduzido pela direção precisa do meu amor, Jorginho Fernando. E a novela voltou ao ar justamente no dia em que ele faria aniversário. Uma homenagem mais do que especial para ele, de quem sinto uma saudade diária. E ainda foi a novela em que conheci Fernandinha Souza, que interpretou minha filha na história e carreguei para vida.
Recentemente, você completou 35 anos de carreira. Do que você mais se orgulha em todos esses anos?
De tudo! (risos) É verdade, tá?! É porque a carreira, assim como a vida da gente, não é feita de um só momento. São as escolhas que a gente faz que vão nos levando. Tenho muito orgulho, por exemplo, de ter insistido para ser o Tonhão no "TV Pirata" e a Engraçadinha, em "Engraçadinha: Seus amores e seus pecados". Foram personagens que mostraram outras facetas minhas. Por exemplo, o convite para eu fazer a Donatela, de "A Favorita", veio depois de o João Emanuel me ver em "Engraçadinha".
Lidar com a fama não é necessariamente fácil, e seus filhos também fazem muito sucesso. Você conversa sobre isso com eles? Como costuma aconselhá-los?
Eles nunca quiseram isso. Tanto que, na hora de escolherem uma profissão, não pensaram em seguir carreira artística como eu e o pai. Eles entendem a curiosidade que as pessoas têm em relação a eles, mas são muito reservados. Sophia tem até a conta do Instagram fechada (risos). Sempre conversei e expliquei que eles tinham liberdade para ser quem eles quisessem. Se quisessem seguir carreira artística, ótimo. Sophia, inclusive, participou de "Ti-ti-ti", e Enzo já considerou seguir carreira musical. Mas na hora de escolherem mesmo, mudaram de ideia. E está ótimo também. Quero que sejam felizes como eles quiserem ser, pelas escolhas deles.
Não me lembro de ver você sem um projeto em curso. Como tem sido essa agenda durante a pandemia? Já tem uma previsão de volta aos palcos e à TV com algo inédito?
Cheia de trabalho. Ano passado, junto com a Rosana Hermann, escrevi o meu livro de memórias. No final do ano, lancei "Sempre raia um novo dia" e minha fotobiografia "Raia". Estava vendo a possibilidade de voltar ao teatro com a peça "Conserto para dois", em que eu e Jarbas (Homem de Mello, marido de Claudia) nos dividimos entre os 12 personagens da história. Mas tudo está mudando a cada momento, e vamos ter que esperar mais um pouco. Por enquanto, ainda não sei quando voltarei aos palcos e à TV. Também estou com saudade das novelas, nunca fiquei tanto tempo longe de um set.
Muitos agentes e discursos tentam anular os desejos, ou pelo menos fazê-los menos importantes, quando a mulher chega em determinada idade. Qual a importância do sexo e da paixão na sua vida da hoje?
Não só tenho meus desejos como vivo os meus desejos. Acho que a sociedade ainda tem medo de mulheres assim, que vivem os próprios desejos. Isso é uma revolução, não se curvar ao que a sociedade espera que seja uma mulher de 54 anos. Só tenho uma coisa a dizer: mudem, melhorem, se atualizem. Continuo gostando de sexo, que acho um momento tão sublime e de intimidade e conexão tão grandes. E sou uma grande apaixonada pela vida, pelo meu marido, pela minha família, pelo meu trabalho. A paixão é o que me move. Fazer tudo com vontade deixa o resultado ainda melhor.
Os 50 anos fizeram diferença neste aspecto?
Faz. Agora estou ainda mais consciente do meu corpo, do que gosto, do que funciona (risos). Tudo isso deixa o momento ainda melhor.
Como lida com a passagem do tempo? Como se vê aos 60 anos?
Eu quero estar da melhor maneira que puder. Então, me cuido muito para estar bem fisicamente e mentalmente. Eu acolho a passagem do tempo. A maturidade traz tanta coisa boa para nós. A gente passa a entender, de fato, o que merece ou não a nossa energia e o nosso empenho. Que é preciso ter prioridades. Aquela impulsividade toda da juventude dá lugar a uma assertividade muito maior. Aos 60, eu me imagino ainda melhor do que hoje, amor! Não tenho dúvidas. Meu segundo ato está só começando, ainda tenho muitas coisas para viver.

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