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Wagner Moura concedeu entrevistas aos jornalistas antes da exibição do filme |
O filme 'A Busca' foi oficialmente lançado em Salvador durante a pré-estreia para convidados realizada na noite desta quarta (13), no UCI Oriente Iguatemi, em Salvador. O ator Wagner Moura e o diretor Luciano Moura estiveram presentes na sessão especial e concederam entrevistas aos jornalistas presentes. A produção chega aos cinemas de todo o Brasil nesta sexta (15).
Veja mais notícias de cinema Com pouca experiência no cinema, o diretor Luciano Moura apostou no apelo emocional de temas cotidianos para conceber a história, assinada em parceria com a roteirista Elena Soarez. "Escolhi falar sobre um universo de coisas que eu soubesse falar, que tivesse a minha cara. O tema 'paternidade' era uma coisa forte e que me interessava e decidi fazer um filme sobre isso", conta ao
iBahia. 'A Busca' tem no elenco Wagner Moura, Lima Duarte, Mariana Lima e conta a história de um adolescente que foge de casa após um conflito com seu pai. O adolescente pretende encontrar-se com seu avô, que vive em conflito com sua família. O estreante Brás Moreau Antunes, que interpreta Pedro, filho de Arnaldo Antunes, participa da trilha sonora ao lado do pai.
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Em 'A Busca', diretor Luciano Moura aposta no apelo emocional da história |
Luciano Moura revela ainda que escolheu Wagner Moura porque buscava um perfil de ator 'normal'. "Não queria um grande galã, e nem um ator cômico. Queria um cara como a gente, que sente agonia, que sofre e que tenta acertar errando. O Wagner é um dos grandes talentos da nova geração", completa o diretor. Wagner Moura já é figurinha carimbada entre os atores brasileiros. Em 2007, tornou-se célebre nacionalmente por interpretar o vilão Olavo Novaes na novela 'Paraíso Tropical' (TV Bahia/Globo). No cinema, ganhou projeção em produções nacionais, como 'Carandiru' e 'Cidade Baixa', e ainda viveu momentos de glória ao atuar nos sucessos 'Ó Paí, Ó' e 'Tropa de Elite' - onde viveu o inesquecível Capital Nascimento. Em breve, brilhará novamente nas telonas com o filme 'Praia do Futuro', filmado no ano passado em Fortaleza.
Entrevista com Wagner Moura iBahia - Como você recebeu o convite para 'A Busca'? Wagner Moura - O Luciano me mandou o roteiro. De cara adorei. Tivemos um encontro lá em casa e eu o adorei. Não nos conhecíamos. É muito amigo do Claudio Torres, que dirigiu 'O Homem do Futuro', e foi ele que me falou sobre o Luciano. A O2 Filmes já estava envolvida na história e achei a proposta fantástica.
iBahia - Como foi trabalhar com o Luciano Moura? Wagner Moura - Trabalhar com o Luciano foi ótimo. Apesar de ser o primeiro longa dele, é um diretor muito rodado. Muito experimentado na publicidade e fez algumas séries. Ele escreveu o roteiro junto com a Helena, então sabia muito o que queria. Passava longe [da ideia] de primeiro filme. Parecia um veterano. A gente se contribuiu muito durante o processo de produção do filme.
iBahia - Como foi o processo de caracterização do personagem? Wagner Moura - O roteiro foi muito maduro, com um personagem bastante complexo. Tem uma curva dramática muito bonita. Ele se transforma com o passar do tempo e, a gente se juntou em uma sala e ensaiou. Aliás, é uma coisa que o cinema faz pouco ainda. Discutimos muito e falamos de nossas experiências pessoais sobre ter filhos e família.
"Sempre faço questão de lançar os meus filmes aqui" (Wagner Moura) |
iBahia - Você se inspirou em algum personagem do cotidiano para compor o Theo? Wagner Moura - O processo foi construído em grupo. E, na filmagem, fui muito cúmplice com o Luciano. A cada personagem que ele encontrava no caminho o ponto de vista dele, o olhar dele. Toda essa transformação que o Theo passa no filme foi pensada para que fosse mostrada de forma sutil.
iBahia - Ainda é difícil fazer cinema no Brasil? Wagner Moura - O cinema brasileiro está em um momento bom. Existem vários cineastas filmando, uma galera jovem gravando em diferentes lugares do Brasil. A descentralização do eixo Rio-São Paulo gradativamente vai acontecendo. O grande hit do cinema do ano passado foi um filme de Recife. Então, vejo com bons olhos. Existem vários filmes diferentes sendo produzidos por. Filmes pequenos e filmes médios, como esse ['A Busca'].
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Pré-estreia reuniu centenas de convidados no UCI Orient Iguatemi |
iBahia - Lançar filmes em Salvador tem algum significado especial para você? Wagner Moura - Sempre faço questão de lançar os meus filmes aqui, não só porque sempre reencontro meus amigos, mas também porque encontro um público inteligente. É onde quero ouvir as opiniões das pessoas em que confio.
iBahia - Quais são os seus próximos projetos? Pretende continuar produzindo cinema ou voltar para a televisão? Wagner Moura - Estou com o projeto do filme sobre o Fellini, que se chama 'Fellini– Black and White', um filme norte-americano. E tem também uma minissérie do Luiz Fernando Carvalho que vou fazer na TV Globo. Chama-se 'Dois Irmãos', adaptação do livro do Milton Hatoum, que deve ser filmada ainda neste ano ou no ano que vem.
Veja o trailer do filme: [youtube CX-hyid1ENQ]