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Estreia do musical 'Éramos Gays' lota teatro; veja fotos

Aninha Franco nega polêmica em primeira produção baiana em parceria com profissionais da Broadway

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12/01/2013 às 13:30 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:32 - há XX semanas
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Em ordem, os atores Mário Bezerra, Amaurih Oliveira, Jorge D' Santos, Felipe Velozo e João Saraiva (Fotos: Genilson Coutinho)
A estreia do espetáculo 'Éramos Gays' movimentou a elite cultural da capital baiana na noite desta sexta (11). A produção, com texto da baiana Aninha Franco e direção do norte-americano Adrian Steinway, lotou o Teatro Módulo (Pituba). Todos os 250 assentos estavam ocupados e alguns convidados ainda acompanharam a apresentação em pé. Entre os ilustres presentes, estavam as produtoras culturais Piti Canella e Lícia Fábio e do poeta José Carlos Capinam. Veja outros espetáculos programados para a capital baiana O espetáculo conta a história de Alice Kate. No século passado, 400 gays alugaram um boeing 747 e decidiram passar um fim de semana em Nova York. No meio do Atlântico, os motores falharam e Kate prometeu a São Sebastião que, se fosse salva, entraria num armário e nunca mais olharia para homem nenhum.Agora, seus amigos, liderados por Isaac (um místico que tem contatos diretos com São Sebastião), se juntam para tirar Alice do armário.
"Não acho que é um tema polêmico. Acho que é um tema oportuno" (Aninha Franco)
Aninha Franco revelou ao iBahia que não pretende parar de produzir musicais. "Queria que fosse musical com a pegada Broadway, que é o que conseguimos fazer aqui depois de muito tempo. Já tinha assistido alguns musicais de lá, mas tive que assistir outros em São Paulo com a mentalidade de criadora, e não só como espectadora. Me tornei aluna de Adrian, que é formado para isso. Me programei toda para começar a fazer musicais. Esse é o primeiro, só", diz. Samba, forró, axé e até arrocha ganham versões divertidas no espetáculo. O cantor e compositor Gerônimo, que assina a direção musical da montagem e ainda deu uma canja ao vivo durante a apresentação de estreia, selou a parceria com Aninha através da Internet. "A gente estava se falando pelo Facebook e eu disse: 'Aninha, estou doido para fazer um musical'. E ela respondeu: 'Que bom! Já estou escrevendo'. Me apaixonei pelo projeto. Aí começamos a trocar informações. Ela me mandava os textos e eu produzia as músicas. Fizemos tantas músicas que fomos depurando aos poucos até chegar onde chegou", conta. Elenco 'aventureiro'
Mário Bezerra foi ovacionado pelo público ao exalar 'sensualidade' no palco
Em maio de 2012, foram realizadas audições para a escolha do elenco de 'Éramos Gays'. Os atores Amauri Oliveira, Daniel Rabello, Felipe Velozo, João Paulo Souza, Jorge D'Santos e Mário Bezerra se aventuraram em um terreno pouco desbravado pela cultura baiana: a produção de musicais. No segundo semestre do ano, o grupo apresentou prévias da montagem no Theatro XVIII (Pelourinho) para identificar a percepção do público. Mário Bezerra, que conquistou o público com suas performances hilariantes, que já trabalhou com textos de Luís Fernando Veríssimo, analisou a experiência subir nos palcos baianos. "É um método completamente diferente do que já tinha trabalhado. É mais industrial, porém não menos criativo. O Adrian é um diretor muito tranquilo, que deixa a gente sugerir bastante coisa, e traz um método bastante colaborativo", pontua. Tema polêmico?
Aninha Franco
'Éramos Gays' conta a história da sexualidade desde a Grécia antiga a StoneWall Day. Discute a tolerância, a diversidade e a liberdade de expressão em diálogos inteligentes. O musical mescla a linguagem do teatro americano e a música da Bahia. Apesar do tema ainda ser tabu em alguns setores da sociedade, Aninha afirma que não tentou causar polêmica com a narrativa. "Nós vamos fazer outros e eles vão ser extremamente bons para o mercado de Salvador e para a Bahia. Não acho que é um tema polêmico. Acho que é um tema oportuno. Esse é o primeiro musical de uma trilogia que começou com 'Os Cafajestes' e termina com 'As Cachorra' [sic]. Não posso adiantar nada agora [sobre projetos futuros], preciso de mais dois anos ainda para criar algo novo", brinca. Veja a galeria de fotos com a primeira apresentação do espetáculo:

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