Gusttavo Lima cancela show com cachê de R$ 1 milhão e volta para Miami

O cantor Gusttavo Lima já voltou aos Estados Unidos (EUA) após realizar dois shows no Brasil no fim de semana. As apresentações do sertanejo aconteceram em duas cidades do Pará, e ele cancelou uma apresentação no sertão do Pernambuco para voltar a Miami. Segundo informações do Diário Oficial da cidade de Petrolândia, onde aconteceria o show, a empresa do artista, a Balada Eventos e Produções, foi contratada por um cachê de R$ 1.100.000.

Conforme o documento assinado no dia 6 de setembro por Fabiano Jaques Marques, atual prefeito de Petrolândia, a apresentação do "Embaixador" aconteceria no dia 2 de outubro. Mas, a Prefeitura da cidade confirmou o cancelamento do show no domingo (29), ao g1.

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A empresa Balada Eventos e Produções, que pertence a Gusttavo Lima, é uma das investigadas pela Polícia Civil (PC) por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de jogos de azar ilegais. O cantor Gusttavo Lima teve a prisão decretada no dia 23 de setembro e revogada no dia seguinte, após benefício de habeas corpus.

Ao fim de uma das apresentações no Pará, ainda neste fim de semana, Gusttavo deu um discurso sobre honestidade e salvação. "A tua honestidade te salvará. Seja certo, seja justo, seja honesto pra que quando tudo parecer desmoronar só tua honestidade te salvará. [...] Faça o certo, o errado todo mundo já faz", disse.

Segundo informações do programa "Fantástico", da TV Globo, Gusttavo Lima foi indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A medida foi adotada pela Operação "Integration", que tem 53 alvos, em seis estados brasileiros. Foi esta mesma ação policial que prendeu a influenciadora e advogada Deolane Bezerra e mãe dela, Solange Bezerra.

O indiciamento aconteceu no dia 15 de setembro e agora depende do Ministério Público decidir se denuncia ou não Gusttavo Lima à Justiça.

Entenda o que motivou pedido de prisão de Gusttavo Lima

Conforme a decisão judicial, Gusttavo Lima teria dado "guarida a foragidos", o que a defesa do cantor considera injusto. A Justiça considerou como "guarida" uma viagem que o cantor sertanejo fez com foragidos. Entre essas pessoas estão José André da Rocha Neto (dono da casa de apostas Vai de Bet) e Aislla Rocha dele, sua mulher e sócia, que viajaram à Grécia no início do mês com Gusttavo. Os dois estão com mandado de prisão em aberto desde o dia 4 de setembro, quando a operação foi deflagrada.

A viagem feita por Gusttavo com os dois foragidos foi para comemorar o aniversário dele, de 35 anos. A aeronave em que ele estava seguiu o trajeto: Goiânia - Atenas (Grécia) - Kavala (Grécia), conforme a decisão judicial. As informações são do Splash, Uol.

Ainda conforme a decisão da Justiça, a viagem de volta ao Brasil sugere que Rocha Neto e Aislla tenham ficado na Espanha ou na Grécia. O trajeto feito pela aeronave na volta foi Kavala (Grécia) - Atenas (Grécia) - Ilhas Canárias (Espanha) - Goiânia. O avião pousou no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia, no dia 8 de setembro, quatro dias após a deflagração da operação.

Juíza que decretou prisão de Gusttavo Lima afirma que ausência de foragidos aponta para fuga

Na análise da juíza Andrea Calado da Cruz, que decretou a prisão de Gusttavo Lima, a ausência do casal de foragidos sugere que ele tenham desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Segundo ela, a ausência do casal no voo foi o que levantou suspeitas.

"Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça."

Além dessa viagem, a relação do sertanejo com os foragidos inclui movimentações financeiras suspeitas. Diante disso, a suspeita da participação do próprio Gusttavo no esquema também foi levantada. "A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado", pontua a juíza.

No documento, a juíza afirma ainda que Gusttavo "compromete a integridade do sistema judicial" e que ele "perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade".