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Luciano Huck faz relato chocante em livro sobre queda de avião

Apresentador detalha o terrível dia 24 de maio de 2015, quando o avião bimotor em que ele estava com Angélica e os filhos caiu no Mato Grosso do Sul

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Redação iBahia

05/09/2021 às 18:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 15:12 - há XX semanas
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Em mais um relato chocante no recém-lançado livro "De porta em porta", Luciano Huck detalha o terrível dia 24 de maio de 2015, quando o avião bimotor em que ele estava com Angélica e os filhos caiu no Mato Grosso do Sul, enquanto a família deixava o Pantanal, e diz que todos ficaram vivos por um "milagre".
"Estávamos todos em pânicos. (...) Faltando cerca de 130 quilômetros para o aeroporto de Campo Grande, o barulho do avião mudou. O painel mostrava que um dos motores havia apagado. Dali em diante, vivemos os piores quatro minutos das nossas vidas", relata ele no capítulo "Sobreviventes".
"O avião passou a perder altura mais rapidamente. O nervosismo tomou conta de todo mundo. O olhar dos nossos filhos se enchia de medo. O comandante curvou o bimotor para outro lado, na direção de Campo Grande. As crianças começaram a gritar. Já não havia dúvidas de que não chegaríamos ao aeroporto", continua.
Ele narra ainda o medo que sentiu na hora e a tentativa de se manter centrado para proteger a família:
"'Nós não vamos pousar, nós vamos cair', falei para eles, olhando cada um nos olhos. 'Todo mundo bota o cinto e abaixa a cabeça'. Benício (o filho do meio) estava diante de mim. Angélica estava frente a frente com Joaquim (o primogênito). Léa (a babá) agarrou Eva (a filha). Segundo depois, já perto do solo, os pilotos desligaram os motores. Foi então que se deu aquele silêncio estranho, que parece prenunciar a presença da morte".
'As crianças choravam muito'
Huck conta que o bimotor colidiu três vezes contra o solo até derrapar de lado e parar: "Antes disso, vi Angélica voando do assento e batendo a cabeça na lateral oposta da cabine. Seu cinto se rompera. Tivemos muita sorte, além de contar coma perícia do piloto".
Segundo relata no livro, quando o piloto finalmente abriu a porta do avião, todos estavam sujos de terra, numa espécia de "transe".
"As crianças choravam muito. Temi que Eva tivesse sofrido algum ferimento interno: ela reclamava de dores na barriga. Angélica andava em círculos, desesperada. Mais tarde, no hospital, descobrimos que eu fui o único passageiro a se machucar com mais gravidade. Quebrei a 11ª vértebra", escreveu Luciano, agradecendo a boa atuação do piloto e do co-piloto que conseguiram salvar todos.
Avião com Luciano Huck, Angélica e os três filhos faz pouso forçado em fazenda do Mato Grosso do SulAvião com Luciano Huck, Angélica e os três filhos faz pouso forçado em fazenda do Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBM MS)
Trauma após acidente
O apresentador conta que precisou de muitos meses para que a família superasse o trauma.
"Conversamos sobre o acidente durante o jantar, antes de dormir, elaborando tanto sobre o trauma quanto sobre a nossa sorte. (...) Caberia a nós, dali para frente, transformar aquela experiência numa forma nova e melhor de conduzir a vida".
Lição de vida
O novo apresentador do "Domingão" termina o capítulo fazendo uma reflexão sobre seu sucesso, fama, dinheiro e cita a grande lição que tirou do ocorrido.
"O acidente foi um tapa na minha cara. Foi como se Deus tivesse me sacudido com violência, me confrontando não apenas com a minha morte, mas a de toda a minha família. A queda me tirou de vez da zona de conforto. Comecei a refletir sobre por que Deus havia sido tão generoso comigo, sobre qual seria o meu chamado nessa segunda chance, nessa nova vida. (...) Da porta para dentro de casa, ficou claro que Angélica e eu deveríamos priorizar ainda mais o que já era prioridades: nossa família. (...). Da porta para fora, iniciei uma cruzada pelo conhecimento. Quero aprender e assim contribuir para que a minha história pudesse ir bem além daquela biografia de quem faz fama, sucesso e dinheiro".
Investigação apontou falta de combustível na aeronave
Segundo informa Luciano no livro, o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutica (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, publicada meses depois, revelou que o avião modelo EMB-820C Carajá não estava apta para decolar. Dois equipamentos essenciais da aeronave estavam quebrados: o gravador de dados de voz (uma das caixas pretas) e o sistema aerodinâmico que reduz a resistência do ar.
Além disso, os sensores de nível de combustível da asa esquerda estavam em posições trocadas. Isso fez com que os os pilotos achassem que havia mais combustível naquela asa, e não tinha, por isso o avião caiu.
O exame pericial só foi concluído este ano e mostrou que nem o piloto nem o copiloto foram culpados do acidente.

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