A cantora Luísa Sonza fez um desabafo sobre o processo por racismo que respondeu em 2020. Ela falou sobre o assunto na série documental "Se Eu Fosse Luísa Sonza", que foi lançada na quarta-feira (13).
"Tomei consciência de tudo, no sentido de me aliar à causa antirracista, entender minha responsabilidade como pessoa branca, buscar investir na causa antirracista. Abri um restaurante, invisto em vários projetos, incluo isso na minha vida e não divulgo. Tento ser o mais correta nesse lugar", disse.
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"Eu confesso que, em algum momento, eu demorei a ter entendimento disso porque eu sou uma pessoa privilegiada branca e estou sujeita a essa estrutura b*sta e escr*ta", completou a cantora.
A advogada que processou Sonza confirmou ter chegado em um acordo com a artista e o caso foi arquivado em agosto desse ano. Ao UOL, a representante dela divulgou uma carta onde disse que o acordo atendeu aos pedidos.
O valor do acordo "satisfatório" não foi revelado, já que o processo contra a cantora correu em segredo de Justiça. Parte do valor da indenização foi usado para pagar os custos do processo.
"Eu não quero ficar aqui tentando convencer de uma coisa porque não é sobre isso, é sobre assumir o erro e conscientizar as pessoas brancas que não levam isso a sério. Me arrependo muito", finalizou Luísa Sonza no documentário.
Relembre o caso
O caso aconteceu em 2018 quando Luisa Sonza e Isabel estavam em uma festa, em Fernando de Noronha. A advogada afirmou que a cantora havia batido no ombro dela e pedido um copo com água.
“Era meu aniversário, e eu tinha viajado sozinha. Estava dançando, me divertindo e aproveitando a festa. Por um acaso, parei atrás da Luísa. No evento tinha vários famosos, mas nem sabia quem era ela. Nunca tinha ouvido falar. Foi então que ela virou, bateu no meu ombro e disse: ‘Pega um copo d’água para mim?’. Eu respondi que não tinha entendido, ela repetiu a frase e completou ‘Você não trabalha aqui?’”, relembrou em entrevista ao Notícia Preta.
