Produtores de uma festa que aconteceu no último sábado, numa casa de shows próxima ao Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, acusam o funkeiro MC Kevinho de ter faltado a uma apresentação marcada com mais de dois meses de antecedência. De acordo com responsáveis pelo evento, a equipe do artista negou-se a devolver os R$ 20 mil que haviam sido pagos antecipadamente, como sinal, pela contratação do músico. Revoltado com a ausência de Kevinho, o público depredou o espaço Majestade Lounge já no fim da madrugada, aumentando o prejuízo relatado pelos denunciantes. O advogado do funkeiro e de seu empresário, José Estevam Macedo Lima, contesta as afirmações e diz que o contrato foi descumprido, ocasionando a não realização do show.
Segundo o produtor André Natriz, de 50 anos, o show de Kevinho foi fechado em agosto. Ele relata que, na quinta-feira anterior à apresentação, a empresa que estava vendendo os ingressos depositou um cheque na conta dos responsáveis pelo artista, com o valor restante negociado como cachê (cerca de R$ 45 mil, ao todo). A produção de MC Kevinho teria, então, alegado que o cheque não seria compensado antes da apresentação. As partes teriam entrado num acordo: André repassou R$ 9 mil em espécie ainda na quinta-feira, e o restante seria entregue no próprio dia do show.
O contrato, conforme o relatado por André Natriz, previa que Kevinho se apresentasse por volta das 22h40m. Como o funkeiro não aparecia, os organizadores foram enfileirando outras atrações, guardando o principal nome do evento para o fim. Já depois das 4h, contudo, um produtor do funkeiro teria entrado em contato informando que o artista havia passado mal e não poderia subir ao palco.
— Eu perguntei: “Como não vai? Está cheio de gente esperando, está tudo pago”. Resolvi ir até o hotel que estávamos pagando para ele e para a equipe, que ficava a menos de dez minutos. Lá, repetiram a mesma coisa: não haveria show. Fiz vários apelos, insisti, mas só disseram que ele já estava dormindo — reclama André, que continua:
— Cheguei a ligar na hora para um empresário dele, chamado Portuga, que me disse que “isso era mídia para o Kevinho”. Em mais de 20 anos produzindo eventos eu nunca passei por nada parecido. Eles estão brincando com as pessoas.
Versões conflitantes
A versão do advogado de Kevinho é diferente. Ele garante que o músico e sua equipe estiveram no local da apresentação e só abandonaram o espaço depois de não receberem o pagamento combinado. — O contrato é claro: o pagamento deve ser feito antes. Mesmo assim, a equipe toda compareceu, só que o que havia sido acertado não foi cumprido. Eles não têm recibo de quitação, não têm nada.
Já de acordo com André Natriz, a equipe de Kevinho chegou a devolver a segunda metade do cachê, que havia sido paga em espécie. O mesmo, entretanto, não teria acontecido com os R$ 20 mil referentes ao sinal. — Não fizemos o registro na polícia porque não queríamos confusão. Mas ficamos muito chateados, e possivelmente vamos processar. Até porque depredaram a casa, quebraram tudo — afirma André Natriz.
José Estevam, o advogado de Kevinho, rebate: — Esse relato e essas acusações são falsos, e ele pode sofrer sanções em virtude disso.
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Redação iBahia
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