O cantor e compositor Arlindo Cruz, de 66 anos, morreu nesta sexta-feira (8). Um dos maiores nomes do samba, o artista estava internado desde o final de abril no Hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela empresária e produtora Babi Cruz, esposa dele, ao g1.

Ele havia recebido alta médica, mas teve uma piora no quadro após a falta de instalação dos equipamentos de home care não ser concluída a tempo.
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O sambista sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em março de 2017, após passar mal depois de passar mal em casa, e ficou quase um ano e meio internado. Desde então, o artista lidava com as sequelas do derrame e vivia de forma debilitada.
Ele parou de responder aos estímulos em julho de 2025. O ex-vocalista do grupo Fundo de Quintal já não respondia mais aos estímulos e não mostrava mais avanços, mesmo após cirurgias. Ele também era portador de uma doença autoimune, tinha traqueostomia e utilizava uma sonda alimentar. O artista não se apresentava mais.
O cantor deixa dois filhos, o músico Arlindo da Cruz Neto, o Arlindinho, e a influenciadora digital e ex-A Fazenda Flora Cruz, além de netos. Ele era casado com Babi Cruz.
Quem foi Arlindo Cruz?
Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em Piedade, no subúrbio carioca e iniciou a trajetória musical aos seis anos. O cantor começou a carreira como integrante do grupo Fundo de Quintal, onde ficou por mais de uma década. Ele ficou nacionalmente conhecido com os sucessos "Meu Lugar", "Será Que É Amor", "O Bem", "O Show Tem Que Continuar" e mais. Arlindo partiu em carreira solo nos anos 2000.

O sambista também compôs diversos sambas enredo para o Carnaval no Rio. Ele escreveu para agremiações como Império Serrano, Grande Rio, Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu. Cruz é responsável por letras de sucessos nas vozes de Zeca Pagodinho, Beth Carvalho e mais.
O cantor também foi indicado a quatro Grammy Latino entre 2008 e 2016. Na televisão, o artista marcou presença de forma fixa no programa "Esquenta", na TV Globo.
Vício em drogas

Em "O Sambista Perfeito", escrito por Marcos Salles, é possível saber detalhes da luta de Arlindo contra o uso da cocaína. A obra retrata que nos anos 1980 houve uma entrada grande da droga na música e a cocaína penetrou de forma fácil no meio artístico.
Segundo o Salles, "ele tentou parar algumas vezes. Se internou, tentou parar. Ele reconhecia isso, mas também entendia que era difícil. E segundo o Arlindinho [o cantor, filho de Arlindo Cruz] conta, ali perto do AVC, ele tinha parado. Estava quase zero, praticamente zero [da droga]”.
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