Pabllo Vittar, um dos nomes de maior expressão na representatividade LGBTQ+ no Brasil, escreveu uma carta sobre preconceito, diversidade e transfobia. Na publicação, veiculada na revista "Billboard" no mês do orgulho gay, a drag queen citou casos de morte por homofobia e transfobia que sempre soube de sua orientação sexual.
"Toda minha vida soube que era gay, tive o amor da minha mãe e minhas irmãs para lutar pelos meus sonhos", lembra. Depois da introdução, a intérprete da canção "Indestrutível", que fala sobre preconceito, defende a bandeira da diversidade. Veja a carta completa:
"Manxs,
Muitos de vocês não sabem quem sou, mas deixa eu me apresentar: sou um cantor gay e também uma drag queen em um país extremamente preconceituoso, o Brasil.
Vamos conversar sobre ironias? Por mais que a visão que as pessoas têm de morarmos em um país alegre, divertido e com a maior parada LGBTQ+ do mundo também é o país que mais nos mata (dados da Anistia Internacional).
Toda minha vida soube que era gay, tive o amor da minha mãe e minhas irmãs para lutar pelos meus sonhos.
A arte foi um caminho que encontrei para me expressar e através dela tive a oportunidade de fazer turnês, programas de TV e colaborar com outros artistas que admiro. Espero que de alguma maneira eu também inspire outras pessoas a serem elas mesmas, independente do medo e de todas as coisas ruins que nos rodeiam. Não é fácil, mas juntos nossas vozes soam mais alto enquanto mais barulho fizermos, mais difícil será para ignorarem nosso pedido de igualdade.
Seja gay, lésbica, trans, drag queen, não-binário, esse é o nosso mês para refletirmos e nos amarmos como nunca, nossa luta é em nome do amor.
Amo vocês".
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Redação iBahia
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