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Tatá Werneck dá beijaço em Caetano Veloso; assista

Músico participou da terceira temporada do programa

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Redação iBahia

27/11/2018 às 12:52 • Atualizada em 28/08/2022 às 20:39 - há XX semanas
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Sucesso no Multishow, o "Lady night" chega a sua terceira temporada com a apresentadora Tatá Werneck a todo vapor. A"vítima" da vez foi Caetano Veloso que, bem a vontade, participou do programa veiculado na segunda-feira (26). E teve espaço para tudo: desde cena romântica com beijaço entre o cantor e Tatá; até depoimento do baiano sobre a época da ditadura militar no Brasil.

O programa foi recheado de momentos irreverentes, como quando o músico de 76 anos se agachou para fazer flexões no palco, algo que nunca havia feito na TV. "Chupa, Bial", disse a apresentadora. Em outro momento Caetano comentou sobre sua relação com as drogas nos anos 1960 e 1970. "Bebi muita cerveja e cachaça, depois deixei a cachaça e fiquei só na cerveja. Mas nunca me liguei às outras drogas. Eu nunca tomei ácido. Tomei Ayahuasca. Uma vez, no apartamento, o Gil trouxe animadão, e eu tomei. Realmente eu vi muitas coisas", disse Caetano sobre a experiência com a planta sagrada do Daime.

"Vi corpos de pessoas indianas, homens e mulheres, todos nus, que dançavam formando mandalas, e essas mandalas iam desenhando um rosto, que era o rosto do centro de tudo, um deus, fiquei horas sofrendo por estar maluco e muito consciente de que estava maluco", completou. Mas o ápice da apresentação, que arrancou gargalhadas da plateia, foi mesmo o beijo em Tatá. A apresentadora propôs que eles improvisassem uma cena. Ela iniciou a brincadeira dizendo que gostaria dar aulas de violão a Caetano. Fazendo piadas e poses provocativas a atriz partiu para cima do músico e lhe tascou um beijo. Após a investida garantiu ao cantor que estava "higienizada".

Também teve espaço para papo sério no programa. O músico relembrou o período do Regime Militar no Brasil, de 1964 a 1985, dando um depoimento sobre sua prisão e o exílio. Ele ainda criticou quem pede a volta da ditadura. "Essas ilusões a respeito da ordem, da segurança, durante a ditadura, são ilusórias. Durante a ditadura, eu fui preso, fiquei dois meses na cadeia, sendo que uma semana fiquei numa solitária, deitado no chão, com uma porta de ferro, sem que ninguém me dissesse por quê.Não fui interrogado, que havia também desorganização e desrespeito pela pessoa humana, e eu não sofri tortura. Conheço pessoas que sofreram, algumas morreram, foram assassinadas. Tem gente que fica elogiando, achando que era bom, não era bom. Isso eu não admito", disse.

Caetano ainda refletiu sobre o problema da desigualdade social no Brasil, e sua relação com o passado escravocrata do país. "Nós somos um país gigante, de tamanho continental, no hemisfério sul, altamente miscigenado, com a maior quantidade de negros que qualquer país do mundo fora da África, e nós falamos português, não é nem espanhol, e ainda horrivelmente desigual. A distribuição de renda no Brasil é uma tragédia! É a doença da desigualdade. Vem da escravidão, e precisa vir a segunda abolição", afirmou.

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