O cantor Zeca Pagodinho usou as redes sociais nesta sexta-feira (8) para lamentar a morte do amigo Arlindo Cruz. O sambista morreu após enfrentava complicações de saúde desde o Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em março de 2017.

Em vídeo, o cantor afirmou que o amigo e compadre precisava descansar após anos. "Então, morre hoje o meu compadre, meu parceiro, meu amigo Arlindo Cruz, que Deus te recebeu de braços abertos, sofreu muito, agora precisa descansar um pouco. Vai com Deus, meu compadre", disse o também sambista.
Em recente entrevista, Zeca Pagodinho revelou que nunca visitou o amigo após AVC. “Eu nunca fui vê-lo. Não fui porque eu tenho na minha sala uma foto da gente em um show, eu fiz um verso, ele começou a rir, é essa a imagem que eu tenho dele e é essa que eu quero”, contou em podcast. O cantor falou que, para ele, era difícil encarar a atual situação do amigo. “Rezo muito para ele porque milagres acontecem. Tenho esperança que um dia ele vai me ligar e dizer: ‘Sou eu, vem aqui’. Aí eu vou”, afirmou na época.
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Quem foi Arlindo Cruz?
Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em Piedade, no subúrbio carioca e iniciou a trajetória musical aos seis anos. O cantor começou a carreira como integrante do grupo Fundo de Quintal, onde ficou por mais de uma década. Ele ficou nacionalmente conhecido com os sucessos "Meu Lugar", "Será Que É Amor", "O Bem", "O Show Tem Que Continuar" e mais. Arlindo partiu em carreira solo nos anos 2000.

O sambista também compôs diversos sambas enredo para o Carnaval no Rio. Ele escreveu para agremiações como Império Serrano, Grande Rio, Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu. Cruz é responsável por letras de sucessos nas vozes de Zeca Pagodinho, Beth Carvalho e mais.
O cantor também foi indicado a quatro Grammy Latino entre 2008 e 2016. Na televisão, o artista marcou presença de forma fixa no programa "Esquenta", na TV Globo.
Vício em drogas
Em "O Sambista Perfeito", escrito por Marcos Salles, é possível saber detalhes da luta de Arlindo contra o uso da cocaína. A obra retrata que nos anos 1980 houve uma entrada grande da droga na música e a cocaína penetrou de forma fácil no meio artístico.
Segundo o Salles, "ele tentou parar algumas vezes. Se internou, tentou parar. Ele reconhecia isso, mas também entendia que era difícil. E segundo o Arlindinho [o cantor, filho de Arlindo Cruz] conta, ali perto do AVC, ele tinha parado. Estava quase zero, praticamente zero [da droga]”.
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