Dupla da Seleção prefere novela a ver jogo da Argentina

Baiano é um dos fãs da novela Insensato Coração

Um capítulo de novela tem mais audiência entre os jogadores da Seleção que os jogos dos rivais da Copa América. "A gente não vai assistir Argentina x Colômbia (terminou empatada em 0 a 0, quarta à noite). Nem eu nem Neymar, porque Insensato Coração tá bombando. A gente tá vidradaço nela e coincidem os horários", contou, aos risos, o lateral baiano Daniel Alves. O atacante confirma a preferência. "Novela ajuda a passar o tempo um pouco mais rápido, a conversar e estar mais junto. A gente sempre fica tuitando: eu, Daniel, Elano. Vê quem são as pessoas ruins, as boas", emendou, também sorrindo. "Mais perto a gente analisa a Argentina. Agora é bom fugir deste ambiente", acrescentou Daniel, concentrado desde 20 de junho: foram só dois dias de folga. Insensato - A ficção tem até tirado Neymar mais do sério que a vida real. "Eu só não gosto muito do Léo porque só faz maldade", disse sobre o vilão, minutos após analisar o lateral Pires, do Paraguai, rival de sábado, em Córdoba. "Provocação vai ser difícil me tirar do sério. Já joguei quatro vezes contra ele: excelente marcador, ótimo lateral, mas espero sair de novo vencedor". Na Libertadores, o Santos venceu duas e empatou duas contra o paraguaio Cerro Porteño, time de Pires. Outros jogadores preferem música para relaxar. Pato gosta de discotecar e aparece como DJ em nova propaganda da Nike. Mas, na Seleção, o samba tem a preferência e Robinho comanda o som que embala Maicon e o meia Lucas. "O grupo de 2006 brincava também, mas tinha a galera cascuda, mais séria. Agora, os moleques são cheios de energia e brincam sempre", compara Fred, reserva na Copa da Alemanha. Neste novo perfil, a religião perdeu espaço com as ausências de Felipe Melo, Kaká e Luís Fabiano, que oravam com o zagueiro Lúcio. Há, porém, quem prefira ver futebol e navegar na internet. "Vejo a terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Gosto de ver, de ler, tudo. Conheço todos os jogadores", diz Thiago Silva, do Milan, em resposta surpreendente, quase insensata para um atleta acostumado a jogos de tão alto nível.