Em nome da ambição, Raphael Vianna cava sua própria sepultura em “O outro lado do paraíso”. Na pele de Laerte, o ator de 33 anos experimenta viver perigosamente numa busca frenética por dinheiro. Seu primeiro alvo é Duda (Gloria Pires), com quem se envolve, inclusive sexualmente, por interesse. Nos próximos capítulos da novela das nove, a dona do bordel revela seu passado para o amante — inclusive o fato de ter simulado a própria morte —, o que a transforma numa vítima das chantagens do interesseiro. O segurança faz o mesmo com Sophia (Marieta Severo) ao descobrir que ela foi prostituta e que matou um homem com o qual teve um caso. Mas, ao mexer com a criminosa, acaba sendo friamente assassinado.
— Assim que Duda chega ao bordel, Laerte percebe que ela não tem as mesmas características daquelas mulheres dali. Ele é experiente, tem bagagem, reconhece que ela é diferente, fica curioso e começa a querer ir atrás de onde vem esse dinheiro que ela tem. Sabe que, de onde veio esse dinheiro, tem mais. Laerte investe em Duda, beija, não desiste de conhecer essa mulher. Prefiro não cravar que ele é um vilão, mas é ambicioso, misterioso e solitário — define Vianna.
Toda essa ambição, traço marcante em Laerte, é quase invisível no retrato que o ator faz de si mesmo.
— Esse mercado (o artístico) é competitivo, não consegue absorver todo mundo. Então, meu intuito é estar sempre trabalhando. Eu integro a Companhia de Teatro Íntimo há 12 anos, e, se for falar financeiramente, esse trabalho está longe de ser feito por dinheiro. Minha única ambição mais concreta é atuar em outro país, em outro idioma — conta ele.
Talvez o ponto que mais aproxime o dócil intérprete do árido Laerte seja a necessidade de ter encontros com a solidão:
— Gosto de estar com amigos, mas, às vezes, viajo com um grupo e depois sigo sozinho para um outro lugar. Preciso de momentos comigo mesmo.
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Redação iBahia
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