Quando chegar ao fim, hoje à noite, a novela “A força do querer”, exibida desde 3 de abril no horário das 21h na Rede Globo, vai somar mais uma trama inesquecível — a dos transgêneros — à galeria de temas que se tornaram uma marca da dramaturgia de Gloria Perez.
Pouco conhecido do grande público, o drama das pessoas que se sentem inadequadas em seu próprio corpo foi dos mais comentados e elogiados ao longo de sete meses.
Veja aqui outros assuntos embrionários ou já polêmicos introduzidos pela autora em seus trabalhos, a partir de uma detalhista observação do mundo à sua volta.
Ivana (Carol Duarte, em sua estreia na TV) é uma garota, mas não se sente como tal. A inadequação da personagem em seu próprio corpo foi um dos principais núcleos da dramaturgia de “A força do querer”, refletindo uma situação vivida por 25 milhões de pessoas no mundo e expondo a questão ao público. Ivana se transformou em Ivan.
Tráfico de Pessoas
Tragédia de grandes proporções, o tráfico humano foi pano de fundo de “Salve Jorge”, que estreou em 2012. Morena (Nanda Costa), moradora do Complexo do Alemão, recebe uma proposta para trabalhar na Turquia e, ao chegar ao país, é obrigada a se prostituir, em regime de escravidão. A autora foi acusada de exagerar nas tintas.
Imigração
“América” tratava, em 2005, de imigração, tema já importante na época, e premente agora, em pleno governo Donald Trump. Na história escrita por Gloria Perez, Sol (Deborah Secco) é a jovem que entra ilegalmente nos Estados Unidos e acaba presa por porte de drogas. O sonho de melhores oportunidades e a frustração com as tentativas malsucedidas de Sol.
Clonagem
“O clone”, que estreou em 2001, trazia à tona elementos aparentemente fantásticos, mas não implausíveis. A engenharia genética mostrava grandes avanços quando Gloria falou de vida criada artificialmente, em laboratório. No enredo, o cientista Albieri (Juca de Oliveira) decide clonar seu afilhado, Lucas (Murilo Benício).
Comunicação por rede
Em “Explode coração”, de 1995, a autora foi visionária: anos antes do surgimento do Skype, programa que permite a comunicação de pessoas em diferentes pontos do mundo através da internet, ela incluiu em sua trama um programa de computador, com interface gráfica também imaginada por ela, em que as pessoas conversavam em locais distantes.
Barriga de Aluguel
A medicina reprodutiva engatinhava no Brasil quando “Barriga de aluguel” estreou, em 1990, no horário das 18h da Rede Globo. A trama central é a do casal Ana (Cássia Kis) e Zeca (Victor Fasano). Ela não pode engravidar, e eles contratam por US$ 30 mil a jovem Clara (Claudia Abreu), para gerar uma criança com sêmen de Zeca
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Redação iBahia
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