O SBT se pronunciou na noite da última terça-feira (23) após a cantora Ludmilla recusar um convite de homenagem feito pela emissora e acusá-la de "dar voz" ao racismo.

"Ao longo de sua história, o SBT não compactua com atos, insinuações, discursos ou quaisquer manifestações de cunho racista, e repudia todas as formas de discriminação", afirmou a nota oficial enviada ao Estadão.
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No dia 19, Ludmilla publicou um vídeo em seu Instagram, no qual fez novas críticas ao jornalista Marcão do Povo, do SBT. Em 2017, ele se referiu à cantora como "pobre macaca", o que levou Ludmilla a ir à Justiça contra ele.
O vídeo de Ludmilla foi uma resposta ao apresentador do "Primeiro Impacto", que recentemente afirmou no programa ter sido "inocentado de toda e qualquer denúncia de calúnia de crimes de ódio e contra a raça".
Em sua postagem, Ludmilla disse que Marcão não foi inocentado, mas sim usou "uma manobra para se livrar das consequências", e criticou a postura do SBT.
“Agora, o SBT, que é uma emissora histórica, que sempre representou a pluralidade do Brasil, precisa saber que manter em sua casa um apresentador condenado por racismo... Eu deixo minha indignação a vocês. Vou tentar recorrer a mais alguma coisa na Justiça.”
Na última segunda-feira (22), Ludmilla afirmou que a emissora entrou em contato sugerindo uma homenagem a ela. "Eu não posso aceitar uma homenagem enquanto essa mesma emissora segue dando voz, segue dando espaço, respaldo a pessoas coniventes com a atitude racista. Isso para mim é incoerente e inaceitável", declarou.
Relembre o caso envolvendo Ludmilla e Marcão do Povo
Em janeiro de 2017, Marcão do Povo, então apresentador do "Balanço Geral DF" da Record, fez críticas a Ludmilla em uma edição do quadro "Hora da Venenosa", sobre fofocas de famosos. Durante a repercussão de um suposto incômodo da cantora para tirar fotos com fãs, ele usou o termo “pobre macaca” para se referir a ela.
A Record repudiou as falas e demitiu o apresentador. No mês seguinte, Marcão foi contratado pelo SBT, onde apresenta o "Primeiro Impacto" até hoje. Na época, Ludmilla já havia criticado a emissora pela contratação do jornalista.
Nos anos seguintes, a cantora e o apresentador continuaram a se enfrentar na Justiça e a trocar declarações públicas. Em entrevista ao Superpop, da RedeTV!, em 2019, Marcão do Povo afirmou: "Não devo favor ou satisfação para ela. Ela deveria pedir desculpa para mim. Ele ainda defende que não foi racista em sua fala sobre Ludmilla.
O processo judicial envolvendo Ludmilla e Marcão do Povo teve decisão favorável ao comunicador mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última terça-feira (23).
Segundo informações divulgadas pelo portal LeoDias, Marcão foi absolvido em primeira instância, e Ludmilla teria cinco dias para recorrer após a divulgação da sentença, por já estar representada por advogados no processo. O tempo, no entanto, não foi cumprido, e a apelação foi apresentada fora do prazo.
No documento com a decisão, consta que “a apelação interposta pela assistente de acusação foi manifestamente intempestiva”. Por isso, a decisão que revertia a absolvição foi anulada e Marcão do Povo seguiu como vitorioso no caso.
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