Jerônimo Rodrigues (PT) foi o terceiro entrevistado da série do g1 Bahia com os candidatos ao governo da Bahia. O postulante foi sabatinado na manhã desta quarta-feira (24) durante 1h30 por quatro jornalistas da Rede Bahia: Fernando Sodake (apresentador da TV Bahia), Valma Silva (editora do g1 Bahia), Danutta Rodrigues (coordenadora de conteúdo do núcleo iBahia-rádios) e Emmerson José (editor-chefe da central de radiojornalismo).
Durante a entrevista, o candidato do PT respondeu questões relacionadas à segurança pública, educação durante a pandemia, apoio de Lula, gestão do Planserv, entre outros temas.
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Por que quer se eleito governador?
"Eu não tenho um projeto político pessoal. Faço parte de um time, muito orgulho de ser parte de um time composto pelo presidente Lula, pelo governador Rui Costa, Jaques Wagner, Otto Alencar, agora Geraldo Junior […] Eu represento um projeto, um projeto de fortalecimento das instituições de governo para melhor atender a você, na saúde, na educação, na infraestrutura, na cultura, na segurança pública. Em momento nenhum você vai perceber uma iniciativa de interesse pessoal ou empresarial. Conheço bem a Bahia, eu tive oportunidades diversas"
Apoio de Lula
"Já tive três oportunidades de evento com Lula na Bahia. Eu já senti a firmeza, pelas orientações, pelo diálogo. Fiquei dois dias com Lula dialogando, fazendo os apontamentos do que eu poderia prometer ao longo da minha pré-campanha. No 2 de julho, ele voltou. E fizemos dois grandes atos. Ao lado de Lula, caminhamos naquela multidão. Ainda usou o adjetivo para me qualificar como o companheiro Jerônimo. Aquilo me deu energia muito forte e agora vocês estão acompanhando aí o Lula já gravou alguns vídeos e algumas mensagens. A última, ele já pede voto"
Educação durante a pandemia
"Houve um equívoco na avaliação da publicação desse resultado. A Fundação Getúlio Vargas deu nota 0 enquanto não tinha nota para dar. Quando ele avaliou, a Bahia não tinha dado início às as ações de uma agenda presencial, semipresencial ou remota. Então houve aí um equívoco. [...] Quem criou esses indicadores de avaliação da aprendizagem fomos nós. O estado, os municípios e a Federação investiam na educação, mas não monitoravam os indicadores de avaliação. Nós tivemos a coragem em 2005 de criar um indicador que avaliasse a aprendizagem porque senão não teria como investir mais recursos"
Premiação para policiais
"Em algumas profissões precisamos criar cultura de mudança. No caso da Segurança Pública, os indicadores melhoraram bastante depois desse estímulo. Não é algo individual, é algo para a Companhia, todos os profissionais recebem um percentual em dinheiro. Mas é um percentual de queda de violência. Se aumentasse a morte, não haveria o pagamento. Antes do governo Wagner, o policial, quando ia trocar de turno, tinha que esperar o outro para trocar o colete, assim como a arma. Eu implantarei viaturas com blindagem"
Redução do efetivo
"Não há redução de efetivo. O ex-prefeito de Salvador é quem fica divulgando essas informações, e não há redução. O que há é uma demanda maior por policial, mas não reduziu de 2016 para cada. O que acontece é que ele [ACM Neto] coloca na conta policial civil, bombeiros. […] Está no meu Plano de Governo, eu vou garantir um efetivo necessário, concursado, bem preparado, estimulado. O ex-prefeito não tratou os guardas municipais de Salvador como deveria. Ele que deveria ver isso, já que ele tem uma ligação próxima com o prefeito atual."
Aliança com MDB
"Já passou por três fases onde a militância no estado da Bahia e os partidos já homologaram essa parceria. Isso é um tema passado. No momento de diálogo com o MDB, que nós fizemos um acordo, que nós fizemos uma coligação com o partido MDB, que nos ofereceu pistas para programa de governo, um documento pactuando com a gente, como é que eles vêm a educação, a saúde, a infraestrutura, a segurança pública. O MDB nos ofereceu um vice-governador qualificado, um jovem, o Geraldinho está sendo um bom companheiro da gente nessa campanha"
Autodeclaração como indígena
"Minha origem é essa. Meus bisavós são indígenas, meu avô é negro. Não foi só agora nas eleições, no meu cadastro em Brasília, sempre me declarei como indígena. Me tratam assim, no baba os amigos me chamavam de índio. Eu tenho, independentemente desse meu reconhecimento - isso não dá voto porque os indígenas não tem essa população tão grande, é dizimada. Mas eu terei um compromisso com essa população. […] Quero fazer uma agenda específica de inclusão. E os indígenas terão sim, o seu lugar. O Lula tem falado muito uma coisa e eu repito: colocar esses povos no orçamento."
Considerações finais
"Eu vou ser direto e objetivo. Nós estamos em um clima bastante favorável nesta campanha. Vou levar no primeiro turno, eu e Lula, mas para isso é preciso você se envolver comigo. No dia 2 de outubro, vote em Lula para presidente 13, Jerônimo para governador 13, Otto senador 555. Escolha um deputado deste time, federal e estadual, para a gente traz a esperança de volta e cuidar bem do povo da Bahia"
Série de entrevistas
Nesta semana, o g1 Bahia exibirá, ao vivo, uma série de entrevista com os candidatos ao governo da Bahia, sempre das 9h às 10h30. A ordem dos sabatinados foi definida em sorteio.
Confira ordem das próximas entrevistas: Kleber Rosa (PSOL) – 25/08; Giovani Damico (PCB) – 26/08 e Marcelo Millet (PCO) – 27/08. Na segunda-feira (22), o candidato do PL, João Roma, foi o entrevistado. ACM Neto, do União Brasil, foi sabatinado na terça (23).
A entrevista na íntegra está disponível em vídeo, e em áudio, como episódios especiais do podcast Eu Te Explico.
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