O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu a entender que não tentará uma reeleição caso seja eleito para governar o Brasil mais uma vez. O candidato à presidência afirmou que tem quatro anos para "reconstruir" e "cuidar" do país.
"Sou candidato para reconstruir o país. Daqui a 4 anos a gente vai ter gente nova disputando, o que eu quero é deixar o país preparado, quero acabar com a fome, diminuir a inflação, o desemprego, cuidar da questão climática. Quero tentar me juntar toda a inteligência brasileira e que essa gente participe da construção desse país. Não vou ser um presidente que estará pensando em reeleição", pontuou em entrevista à rádio Metrópole nesta sexta-feira (1º)
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"Pensarei no bem estar do brasileiro, quero deixar o Brasil 'tinindo', quero cuidar desse país, desse povo. Quero criar uma relação, com governadores, prefeitos. Quero mostrar que é possível esse país voltar a ser feliz, as pessoas voltarem a comer", completou.
Lula é pré-candidato pelo PT à presidência da República e aparece nas principais pesquisas eleitorais como favorito dos eleitores para assumir o cargo. O maior adversário dele é o atual presidente Jair Bolsonaro, a quem o petista criticou durante a entrevista.
"Ele acha que pode comprar o povo, que o povo é um rebanho, que o povo não pensa. Não vai, chega. Não se pode mentir para o mundo inteiro todos os dias. Ele vai deixar a presidência da república porque o povo vai para urna dizer chega. O Brasil precisa de gente melhor. Que fale em paz", afirmou.
Ainds sobre Bolsonaro, Lula voltou a falar que revogará todos os sigilos de cem anos impostos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre temas considerados sensíveis pelo governo federal. "Ele diz que não tem corrupção no governo, mas qualquer 'trambique' que aconteça no Brasil tem sigilo de 100 anos. Vai ter um 'revogaço' no meu primeiro dia de governo, que eu vou revogar todos esses decretos", criticou.
Passagem pela Bahia
Lula estará em Salvador no sábado (2) para participar de um evento do PT na Arena Fonte Nova. A presença do candidato no cortejo do 2 de julho havia sido descartada pelo partido, mas ele afirmou que irá ao local.
"Vou dar uma visitada no 2 de julho, vou participar um pouco. Estamos fazendo 200 anos na independência e acho que a bahia tem muita responsabilidade de consagrar a nossa independência, se não fosse a coragem dos baianos, de três mulheres maravilhosas [Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica] não teríamos nos livrado. Vou ficar um dia e meio [em Salvador], encontrar a minha baianidade", disse.
Além de Lula, o presidente Jair Bolsonaro estará na capital baiana no sábado (2). Ele participará de uma "motociata" com seus apoiadores na orla da Barra. O candidato Ciro Gomes (PDT) também confirmou presença no cortejo do 2 de julho. A vinda de Simone Tebet (MDB) também é cogitada.
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