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Artigo: ABRH-BA participa do I Seminário de RH dos Países do BRICS

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13/05/2011 às 17:40 • Atualizada em 29/08/2022 às 18:19 - há XX semanas
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Por: Ana Claudia Athayde
Presidente da ABRH-BA


No último dia 02, reuniram-se em São Paulo, empresários, representantes de empresas de diversos segmentos e associações internacionais de RH para discutir estratégias de crescimento e as competências profissionais exigidas pelos países do BRICS. O encontro foi uma realização da ABRH Nacional, em co-realização com a Fundação Getúlio Vargas, patrocinado pela Edenred e apoio do Great Place to Work e COCIBR.

Para que tenhamos um país forte e mundialmente competitivo precisamos ter trabalhadores capacitados e melhorias contínuas e aceleradas na gestão pública e privada, fortalecendo a educação e as relações de trabalho com o aprimoramento de líderes. Contudo, faz-se necessário, a criação de um modelo de gestão que respeite, reconhecendo e integrando, as diversidades existentes entre os países do BRICS, nas suas semelhanças e diferenças, para que a partir da relação de complementaridade um novo modelo de gestão seja desenhado para atender à esses requisitos culturais, sociais, econômicos, novos modelos mentais.

Esta é uma oportunidade fantástica, em que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ratificam as “premonições” e consolidam novos rumos para a economia mundial. Este grupo não possui status jurídico, mas é uma associação que dialoga e compartilha problemas comuns no seu desenvolvimento e posição procurando nova inserção para sua economia, seus talentos, suas culturas fortes e definidas.

Os gestores, especialmente nos países do BRICS, devem estar atentos para a dimensão da diversidade. Nesse cenário alguns novos hábitos e modelos mentais devem ser alicerçados para o desenvolvimento de profissionais com novas competências e atitudes. Entre eles o relacionamento com novos parceiros, que precisam ser desenvolvidos; elevar a competitividade dos países; ter profissionais com capacidade de atuação no exterior; novas formas de gestão e processos em logística; investimentos em educação de base (ensino fundamental e médio, a exemplo do que fizeram Japão e Coréia); ter dirigentes e gestores empresariais e públicos com novas competências de liderança para liderar e empreender, entre outros.

Temos desafios sociais e ambientais numa relação de poder projetado em nova ordem social, econômica, política que requerem competências em novas bases para uma ação conjunta - governo, empresas, academias, sociedade civil. É necessário que as organizações estimulem seus líderes para maior atuação política e social, participando mais das ações que requerem novos modelos mentais, novos mapas cognitivos a partir de novas formas de ação social transformadora. Precisamos fazer acordos bilaterais e termos a capacidade de resiliência, ou seja, a capacidade da pessoa enfrentar um problema e se adaptar às mudanças.

Face a este novo cenário do BRICS, devemos ter consciência de que as dificuldades fazem parte desse processo e é preciso conviver com elas e com maestria encontrar as melhores alternativas. Para isso, é imprescindível que compreendamos a natureza humana e da cultura de cada país e aproximarmo-nos apesar das diferenças, persistindo e lutando para superar as adversidades. Devemos encarar os problemas, tomando as decisões necessárias e investindo energia para solucioná-los.

Em breve, será encaminhado um documento aos Ministérios do Trabalho, Educação, Ciência e Tecnologia, além de outros órgãos, com as demandas e discussões decorrentes deste encontro, de modo a fomentar um cenário mais efetivo de mudanças e novas competências a serem ensinadas e desenvolvidas.

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