A Bahia registrou no 3° trimestre de 2023 a maior taxa de desocupação do país, com 13,3%. O levantamento é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral, do IBGE.
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Segundo o balanço, não houve mudança significativa em relação ao trimestre anterior, quando o indicador havia ficado em 13,4%. Por causa disso, o estado volta a ocupar a taxa de desocupação mais alta do país.
Por outro lado, a taxa foi a menor em um 3° semestre no período de oito anos. Desde 2015, quando o estado ficou com 13% de desocupação, não era registrado uma porcentagem nesse nível.
Já em comparação com a média nacional, a Bahia ficou bem acima. No geral, o Brasil registrou 7,7% na taxa de desocupação no 3° semestre. O estado com a menor taxa é Rondônia, com 2,3%.
A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão desocupadas (não trabalham e procuraram trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).
Pessoas trabalhando
Ainda no 3° trimestre na Bahia, a ocupação cresceu (+1,8%, com +106 mil trabalhadores), mas não o suficiente para reduzir número de desempregados (+1,2% ou + 11 mil).
Segundo o balanço, a estabilidade da taxa de desocupação na Bahia, entre o 2º e o 3º trimestres, se deu porque, embora tenha aumentado o número de pessoas ocupadas, a oferta de trabalho não foi suficiente para atender à demanda, e o total de desocupados voltou a crescer.
Entre julho e setembro, o número de pessoas trabalhando (ou população ocupada) no estado seguiu em alta e passou de 6,032 milhões para 6,138 milhões, frente ao trimestre anterior (+1,8% ou mais 106 mil trabalhadores no período).
Foi o segundo avanço consecutivo, que levou o total de pessoas ocupadas na Bahia a atingir seu maior patamar para um 3º trimestre em nove anos (desde 2014, quando havia 6,327 milhões de trabalhadores no estado).
Apesar disso, o número de pessoas desocupadas (que não estavam trabalhando, procuraram trabalho e poderiam ter assumido caso tivessem encontrado) voltou crescer, do 2º para o 3º trimestre, de 932 mil a 943 mil (+1,2% ou mais 11 mil desocupados) - após ter recuado entre o 1º e o 2º trimestres.
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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