É comum encontrar, no cotidiano das empresas, alguns profissionais que possuem um impulso competitivo: eles gostam de vencer (lê-se estar sempre à frente dos demais) e claramente mantêm um esforço extra para isso. Uma pesquisa da OfficeTeam, feita nos EUA, mostrou que entre os mais de 1000 gerentes de empresas norte-americanas, quase metade crê que seus empregados são mais competitivos uns com os outros hoje do que eram há 10 anos.
Para David Carvalho Soares, consultor de carreira e comportamento, uma boa razão para essa “onda competitiva” é o aumento da exigência do mercado de trabalho em relação à qualificação dos profissionais, “Além disso, muitos se preocupam com a segurança do emprego, e acreditam que o ambiente corporativo é como um jogo, onde o melhor sempre vence”, acrescenta. Esse comportamento pode ser levado com naturalidade, desde que faça parte da personalidade do colaborador. No entanto, é preciso atentar-se para possíveis excessos, já que a linha entre trabalho em equipe e competitividade é tênue. “É possível ser tão competitivo a ponto de prejudicar a carreira ao invés de alavancá-la, principalmente se o profissional passa a querer ser melhor e se destacar sem desenvolver seu lado humano, puxando o tapete dos colegas e/ou não sendo ético”, explica o consultor de carreira. O especialista de carreira David sugere que seja feito um questionamento pra saber se a competitividade está atrapalhando ou beneficiando a sua carreira: 1) Eu conheço a cultura da empresa e do meu departamento? Será que na organização onde trabalho os líderes fomentam a concorrência entre os colaboradores, ou enfatizam as realizações da equipe?A resposta também pode depender da sua área específica. Por exemplo, equipes de vendas tendem a incentivar mais a concorrência do que a área de atendimento ao cliente. 2) Estou sendo justo? Algumas atitudes como tomar o crédito por realizações em equipe, e sair falando mal de colegas para os outros fará com que você perca a credibilidade. “Ser excessivamente crítico com todos e nunca estar satisfeito com o resultado do trabalho alheio também pode afundar a carreira do profissional”, ressalta David. 3) Quais são as consequências da minha competitividade? É possível prejudicar seus colegas – e você mesmo – sem querer. Por exemplo, se você está tão focado no próprio trabalho que não consegue ajudar outro profissional a resolver algum problema inadiável, pode correr o risco de ficar com uma má reputação e ser visto como alguém arrogante, egoísta. 4) Sou centrado na minha equipe? Você reconhece o sucesso dos outros? Diz obrigado na frente do gestor? Pergunte a si mesmo se está tomando decisões porque quer o bem da equipe ou de si próprio. “Atualmente, os gestores querem saber se seus subordinados podem realmente trabalhar em conjunto, pois já foi comprovado que uma boa convivência no trabalho rende ótimos resultados, por isso as empresas estão investindo cada vez mais no capital humano”, diz David. 5) Vejo excelência no meu trabalho? Quem é competitivo costuma não se importar com os objetivos que o gestor estabelece já que acredita estar desempenhando as atividades melhor que os outros. “Mas isso não é necessariamente garantia de sucesso. Você pode dar o melhor de si e ter um trabalho excelente, porém certifique-se de que esteja atendendo às expectativas do seu superior em relação ao que ele instruiu a todos da equipe, pois no fim este é o resultado que realmente interessa” finaliza o consultor.
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