Você já mentiu no seu currículo? O documento é uma espécie de cartão de visita para a empresa que se pretende conseguir uma vaga. Como qualquer mentira, as de currículo também têm perna curta e podem se tornar uma dor de cabeça para o candidato, ou pior, um critério eliminatório.
"O que parece ser uma boa estratégia para ganhar vantagem entre os concorrentes, na verdade é o pior erro que se pode cometer na busca por emprego", explica Renata Motone, especialista em Recursos Humanos da Luandre, consultoria de RH. Ela montou uma lista com as mentiras mais comuns de como fazer bem seu próprio marketing sem ter que mentir no currículo.
Valor salarial
Há quem minta sobre o salário anterior como forma de se valorizar e tentar uma negociação por um valor maior no próximo emprego. Renata aconselha a não fazer isso porque há uma média salarial para cada cargo e quem seleciona sabe disso.
Idiomas
"Fluência em língua é outra mentira frequente", diz Renata. "A questão é que na primeira prova escrita ou entrevista oral já se nota a diferença entre o real e o que se conta no currículo". Ela aconselha a ser claro quanto às habilidades linguísticas, afinal, há vagas em que não é necessário o inglês.
Voluntariado
Muitos querem impressionar e acreditam que adicionar experiência como voluntário em causas sociais vai facilitar a contratação, mas não passam autenticidade na entrevista. "A estratégia em vez de contar pontos, joga contra", esclarece Renata, que acrescenta que este não é um fator decisivo na maior parte dos casos e, portanto, só deve constar no currículo se, de fato, o candidato puder contribuir para a empresa com sua real vivência como voluntário.
Universidade
Como forma de status, candidatos mentem sobre a universidade em que se graduaram ou falam sobre MBAs, doutorados e outros títulos que não têm efetivamente. Há cargos que exigem formação específica, mas o importante é poder comprovar o conhecimento -- "onde o candidato cursou a faculdade não é um ponto decisório, experiência e conhecimento contam mais".
Demissão
Não existe problema em dizer que foi demitido. É algo até considerado normal e pode acontecer por uma série de razões. O que se deve evitar é falar mal da empresa anterior, mesmo que a demissão não tenha sido amigável. "Tentar atacar o antigo empregador só gera dúvidas ao selecionador sobre o caráter do candidato. O melhor é ser direto e sutil sobre o motivo da demissão", aconselha Renata.
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Redação iBahia
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