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Mulher: há igualdade no mercado de trabalho?

As mulheres ainda ganham menos que os homens mesmo quando estão na mesma área

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Redação iBahia

08/04/2017 às 9:00 • Atualizada em 29/08/2022 às 17:51 - há XX semanas
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Desigualdade entre homem e mulher no mercado de trabalho, o tema parece antigo e desatualizado, mas é real e mais próximo do que imaginamos. As mulheres ainda ganham menos que os homens mesmo quando estão na mesma área e ocupam os mesmos cargos que os profissionais do sexo masculino.



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Com uma simples análise do mercado de trabalho é possível constatar que as mulheres possuem competências para assumir qualquer posto de trabalho. Profissionais estão sujeitos a erros e acertos independentemente de seu gênero sexual.



O grande problema é quando a diferenciação entre homem e mulher é parte da cultura de uma nação. E no Brasil, assim como em outros países, as crianças já crescem vivenciando realidades diferentes, onde o menino obrigatoriamente brinca de carrinho, futebol, ou demais atividades com maior interação social e as meninas brincam de boneca e casinha como se elas estivessem destinadas apenas a isso.



Cenário brasileiro e Mercado de Trabalho para as Mulheres



Um levantamento realizado pela Catho com 13.161 profissionais, mostrou que as mulheres têm desvantagens na maioria das áreas quando o assunto é salário, alcançando até 62,5% a menos que a remuneração dos homens. Nas áreas administrativas, comerciais e financeiras, as mulheres chegam a receber quase metade do que os homens ganham. As exceções aparecem nos segmentos de academia e esportes e comunicação social, em cujas áreas as mulheres levam ligeira vantagem.



Segundo Brigitte Bedin, Coordenadora Geral da Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade de Guarulhos (UnG),uma postura adequada para que as organizações diminuíssem a desigualdade social seria a de que “os profissionais fossem contratados pelo seu preparado e direcionados para a cultura da empresa, sendo assim, quem tivesse melhor capacitação e estivesse alinhado com as metas da empresa seria recrutado”.



Bedin também acredita que as mulheres devam focar cada vez mais em suas qualidades: “o fato de hoje os números não serem favoráveis não significa que as portas estão fechadas, os altos índices de mulheres no ensino superior é prova disso, além de que, as mulheres são privilegiadas: o saber comunicar-se, a sensibilidade, o saber ouvir, a própria intuição feminina como fator determinante na tomada de decisões, enfim, ferramentas fundamentais na liderança e para quem deseja crescer no mercado de trabalho”, afirma.



É preciso entender que embora o processo seja mais lento que o esperado aos poucos as mulheres ganham seu espaço no mercado de trabalho, a exemplo, temos diversas profissionais com posições estratégicas em suas organizações: Carla Grasso economista e primeira brasileira a ocupar cargo de diretoria do FMI, Ana Paula Padrão e Natália Leite jornalistas que incentivam a educação por meio de projetos sociais, Bel Pesce jovem empreendedora que está entre as duas mulheres na lista dos “10 líderes brasileiros mais admirados pelos jovens” entre outras.



O problema é mundial



Embora a nossa realidade seja mais discutida e conhecida, a problemática da desigualdade das mulheres no mercado de trabalho é mundial. Nos Estados Unidos, por exemplo, durante a premiação do Oscar neste ano a atriz Patrícia Arquette, vencedora da categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, levantou a temática durante o seu discurso e fez um apelo para que as mulheres se unissem mais e conquistassem a igualdade de direitos e equiparação salarial.



No último dia 28 de fevereiro, no encontro da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) o tema foi levantado por mulheres líderes de diversos países. As políticas de igualdade de gênero tiveram sua importância ressaltada neste encontro e as participantes concordaram que a criação de leis que asseguram a participação plena e igualitária das mulheres na tomada de decisão seria a ideal para diminuir a desigualdade na esfera política, além disso, estas ações devem se espalhar por toda as áreas sociais.



Como educar a sociedade para a igualdade de gêneros?



A Profa. Ms. Ana Claudia Fernandes Gomes, mestre em Sociologia da Cultura, conversou com o Portal Carreira & Sucesso sobre como educar a sociedade para a igualdade e lidar com o preconceito e a discriminação. Confira as impressões da especialista.



A igualdade de gênero ou a diminuição da desigualdade entre homens e mulheres é uma das “Metas do Milênio”, pautadas pela ONU durante o ano 2000, ou seja, até o ano 3000 teremos como objetivo o combate a preconceitos e discriminações entre os sexos relacionados ao acesso à saúde, à educação e ao mercado de trabalho.



Mais do que educar para a igualdade de gêneros, devemos incentivar a equidade social, que valoriza o respeito às diferenças e promove a garantia dos direitos a partir das especificidades. Por exemplo, o direito ao trabalho deve também garantir o direito da mulher à gestação, à maternidade e à amamentação de seus filhos sem desvalorização de seu acesso e permanência no mercado de trabalho.



Educar para a diversidade, reconhecer diferentes demandas e estabelecer parcerias entre instituições públicas, privadas e não-governamentais na promoção da garantia de direitos são elementos essenciais para a configuração de uma sociedade democrática construída por todos.


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