A sensação é de que, muitas vezes, 30 dias de férias não é o suficiente? Pois saiba que você não é o único: segundo pesquisa da Expedia, o brasileiro é um dos que mais demoram para relaxar: 20% dos trabalhadores por aqui precisam de, pelo menos, uma semana. Asiáticos, em comparação, dizem necessitar de apenas 1 dia para alcançar o objetivo.
Além disso, o brasileiro, assim como cidadãos de outros países em desenvolvimento, costumam resolver pendências pessoais, como problemas burocráticos, exames médicos e etc, também neste período. Cerca de 85% dos nacionais confirmaram a prática, contra 67% da média mundial.
Segundo Carolina Piber, Diretora Sênior Global de Varejo, a pesquisa comprova a sensação dos trabalhadores de que o cansaço e o estresse vão se acumulando com a rotina diária de trabalho:
- O brasileiro que, normalmente, usa uma hora no deslocamento casa-trabalho e mais nove horas no ambiente de trabalho, acaba empenhando 11 horas do seu dia nesse ciclo, sendo assim, não consegue se dedicar aos assuntos pessoais, deixando-os para as férias. E percebemos que ele o faz porque tem 30 dias de descanso por ano, que é mais do que um asiático, por exemplo, que tem 15 dias. Então acaba comprometendo uma parte para esses compromissos e o resto ao descanso.
A pesquisa "Férias Marcadas", realizada de 19 a 28 de setembro na América do Norte, Europa, América do Sul e Ásia-Pacífico, ainda levantou outras curiosidades sobre como as nacionalidades se comportam durante o período anual de descanso.
Além de um dos países que mais tempo têm de descanso, os brasileiros, junto com os espanhois, também são os que tiram o período máximo permitido. Trabalhadores na Ásia, por exemplo, tendem a aproveitar um período menor do que os dias disponíveis de férias.
- O que diferencia o comportamento dos brasileiros, em geral, é esse tempo de férias: 30 dias de benefício, como alemães, espanhóis e franceses, o que afeta toda a forma como a gente vê e lida com as férias. Percebemos que, na contramão dos outros países, que com o passar dos anos se sentem cada vez mais privados de férias, os trabalhadores daqui não sentem essa privação. Porém, por também não sentirem essa obrigação de curtir e descansar rápido, eles acabam incluindo muitos compromissos ao longo do período.
Medo no retorno das férias
O medo de ficar desatualizado, ou mesmo ser demitido, também é sentido em outros países do mundo, mas especialmente entre latino-americanos. Segundo o estudo, mais de 60% dos brasileiros e dos mexicanos já tiveram férias canceladas por compromissos profissionais e cerca de 30% checam e-mail e outros tipos de recados ao menos uma vez por dia, mesmo durante as férias.
Na Europa e na Ásia, esse fenômeno é mais ameno: apenas 30% dos respondentes ingleses e australianos, por exemplo, já cancelaram férias por motivos de trabalho, e só 13% das pessoas abrem o e-mail ou outras formas de comunicação durante o período.
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Redação iBahia
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