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Cauã Reymond interpreta gêmeos em série que estreia nesta segunda

Minissérie é baseada no clássico homônimo da literatura brasileira contemporânea, de Milton Hatoum

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Redação iBahia

09/01/2017 às 9:15 • Atualizada em 29/08/2022 às 12:00 - há XX semanas
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Um é engenheiro, calculista e tem hábitos espartanos. O outro é um bon vivant que não consegue se firmar em um trabalho, além de ser passional e estar sempre em busca do prazer imediato. O primeiro, mais independente, quer empreender e progredir. Para isso, deixa a casa dos pais e vai morar longe da família. O segundo acomoda-se no conforto da casa dos pais e não tem pressa de sair dali.

Gêmeos de personalidades opostas, Yaqub e Omar nutrem um ódio mortal um pelo outro. Os personagens são os protagonistas da minissérie Dois Irmãos, baseada no romance homônimo escrito pelo amazonense Milton Hatoum, 74 anos. A minissérie estreia amanhã, na Globo/TV Bahia, logo após a novela das 21h, A Lei do Amor.

Desafio

No papel dos gêmeos está Cauã Reymond. O ator disse que, ainda no começo da carreira, quando atuava em Malhação, leu o livro de Hatoum. “Quando li a história, pensei que queria fazer os dois irmãos. Estava no começo da minha carreira, mas tive uma intuição. Quando veio o convite, pensei: é o papel da minha vida”, revelou o ator, hoje com 36 anos.

Cauã fala sobre como compôs seus personagens: “Mesmo a distância, tem uma coisa de intuição, de sexto sentido entre gêmeos. É a mesma intuição que mães sentem pelos filhos. Então, encontrar esse lugar de conexão e, ao mesmo tempo, da disparidade, das diferenças de personalidade, é o maior desafio e também o mais gostoso de fazer”.

Milton Hatoum, que assistiu ao primeiro capítulo da série, diz ter ficado muito satisfeito com o resultado. Ele defende a escolha de Cauã como protagonista: “Ele tem o desafio de interpretar dois personagens muito diferentes um do outro. Nunca se acomodou no papel de galã, ao contrário. E tem uma força interior que é impressionante”.

A série, que se passa em épocas diferentes, tem ainda Bárbara Evans, Juliana Paes, Antonio Calloni, Maria Fernanda Cândido, Eliane Giardini, Antonio Fagundes e Irandhir Santos.

Na direção está Luiz Fernando Carvalho (Velho Chico), que tem muita experiência em adaptar obras literárias para a tevê. Capitu, Os Maias e A Pedra do Reino estão entre as histórias que saíram dos livros e chegaram à televisão sob seu comando.

Luiz Fernando fala sobre a série: “É um épico familiar, um drama de enormes proporções emocionais, capaz de gerar um álbum de família que espelha a própria história do Brasil, suas alegrias e seus retrocessos. É uma obra com camadas sociológicas, antropológicas e históricas. Tudo isso rebatido no odor dos quartos, na sensualidade de uma mãe, no afeto desmedido por um de seus filhos, nos ciúmes dos outros membros da família”.

Diretor

Milton Hatoum enfatiza que tanto Luiz Fernando quanto a roteirista Maria Camargo foram essenciais para que ele autorizasse a adaptação: “Eu só concordei com a adaptação para a TV porque o diretor seria Luiz Fernando. Tanto ele como a roteirista foram determinantes. Luiz Fernando é muito exigente e faz um trabalho incrível com atores”.

Maria Camargo já adaptou a minissérie Correio Feminino para a Globo em 2013. O texto era baseado na obra de Clarice Lispector (1920-1977). Maria também colaborou com a autoria das novelas Lado a Lado e Babilônia. Maria descobriu-se apaixonada por Dois Irmãos desde que leu o livro pela primeira vez: “Literatura sempre fez parte da minha vida, mas nunca tinha acontecido de eu ler algo e ser transportada para aquele lugar como aconteceu. Fiquei presa textualmente, louca com aquilo, já pensando que poderia ser uma série”.

A história, como no livro, é narrada pelo ponto de vista de Nael, interpretado por Irandhir Santos em uma das fases. Ele é filho de Domingas (Zahy Guajajara), uma jovem índia que foi tirada de sua tribo, doutrinada e entregue a Zana - a mãe dos gêmeos, interpretada por Juliana Paes - para ajudar nas tarefas domésticas. “Domingas é uma personagem próxima da minha vida. Como ela, vi muitas empregadas domésticas serem humilhadas. As índias são humilhadas, vivem em condições de semiescravidão trabalhando como empregadas em Manaus”, diz Milton Hatoum. E Nael, que não sabe quem é o próprio pai, é uma metáfora de um país que está sempre à procura de alguém para nos salvar”, revela o escritor.

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