O carisma é uma habilidade muitas vezes vista como um dom: ou você nasce com ele, ou nunca irá desenvolvê-lo. Mas quem pensa assim está enganado, porque é possível, sim, fazer treinamentos para se tornar uma pessoa carismática.
— As expressões corporais e a ideia de servir ao outro estão na raiz da palavra carisma. Existe uma grande falha em creditar o alcance do sucesso ao carisma, como se fosse algo natural, mas a verdade é que ele pode ser construído — afirma Guilherme Miziara, especialista em Oratória e Comunicação.
Há pessoas que têm mais facilidade para desenvolver o carisma, seja por conta da criação que recebeu ou da profissão que segue. Guilherme traz o exemplo de dois ex-atletas brasileiros: Rodrigo Minotauro e Gustavo Kuerten, o Guga:
— Fiz o treinamento do Minotauro, lutador de MMA, que não tem uma das expressões mais carismáticas, mas com o treino conseguimos torná-la mais leve. Um treinamento não vai fazer da pessoa a “mais carismática do mundo”, mas vai conseguir minimizar quaisquer impactos negativos. É diferente de uma pessoa como o ex-tenista Gustavo Kuerten, que sorri muito e tem uma expressão facial leve.
Ter uma boa comunicação é outra habilidade que pode ser desenvolvida. Ela também está relacionada com as expressões corporais.
De acordo com a terapeuta corporal e coach de televisão Maria Pia Sconamilio, escritora do livro “O corpo quântico — anatomia da expressão”, 60% do impacto da comunicação estão na imagem de quem fala; 30%, no tom da voz, no ritmo e na maneira como fala; e apenas 10%, no conteúdo:
— Se a pessoa aprova a sua imagem e a sua voz, ela vai entender o conteúdo que você quer passar. Quando você quer comunicar com alguém, não adianta falar as coisas mais importantes do mundo e a pessoa não reter. Um bom comunicador é aquele que consegue mandar a mensagem e fazer o seu ouvinte refletir sobre o assunto.
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Redação iBahia
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