O caso do cantor Lucas Lucco que veio à tona, no último domingo (4), ainda está dando o que falar, principalmente, entre especialistas que trabalham com harmonização facial e pacientes que estão em processo ou desejam adotar o procedimento estético. Um dos pontos mais discutido é a declaração de que Harmonização Facial não é indicada para todas as pessoas.
Raquel Leal, especialista em Morfopsicologia (Análise da personalidade através dos traços e formatos faciais) discorda. Para ela a questão não está apenas no procedimento, mas na preparação do paciente. “As mudanças, em alguns casos, como o do cantor, são muito significativas e o paciente precisa estar preparado morfopsicologicamente para isso”, afirma Leal.
O caso do cantor coloca em pauta uma questão que sempre acompanhou a área: o quanto é fundamental, antes de realizar qualquer procedimento, preparar o paciente para recebê-lo. “A harmonização facial, como qualquer procedimento estético, cirúrgico ou não, altera além do físico, o psicológico. No caso do cantor, pelo relato feito durante entrevista, não foi isso que aconteceu.
A decisão foi tomada sem levar em consideração o que mudaria além da estética”, comenta a especialista. Pois, segundo a Morfopsicologia, quando se altera forma e formato do todo ou de partes do rosto, poderá modificar o pensar, o sentir e o comportamento da pessoa. A pessoa passa a não se reconhecer nessa nova forma, chegando a desejar a forma antiga, reverter o processo ou em alguns casos mais graves levá-la à depressão.
Raquel Leal chama atenção ainda para a questão da técnica do procedimento que não está diretamente relacionada com a satisfação do cliente. “No caso de Lucas Lucco, trata-se de um procedimento feito por um dos melhores especialistas do país. Foi muito bem feito tecnicamente. Só que uma coisa é a técnica outra é em quem você aplica a técnica. Precisamos saber se a pessoa está preparada para receber e se de fato quer transmitir essa nova imagem que terá”.
A Morfopsicologia é uma ciência que estuda os traços, linhas, formas e detalhes do rosto, que traduzem a personalidade do indivíduo. Essas informações podem auxiliar em diversas áreas, desde o processo de criação dos filhos até a colocação no mercado de trabalho. “O que você é está na sua cara. A gente consegue manipular, através das nossas escolhas para nossa aparência, como um corte e cor de cabelo, roupas, acessórios, maquiagens, tanto que é válido o ditado que as aparências enganam.
Quando mudamos isso sem ter consciência, os resultados podem ser realmente devastadores”. É essa falta de informação e consciência que leva os pacientes a sofrerem o que Lucas Lucco sofre no momento, o arrependimento e as consequências dele. “Trata-se de um procedimento que tem como principal regra o respeito às individualidades. Desrespeitar isso é como dar uma faca a uma criança. Se você não sabe como usar e o que esse instrumento pode fazer nela, é um grande risco. É preciso estar preparado para passar pelo procedimento e ter ciência das transformações e o que elas podem ativar ou desativar, potencializar ou negativar no inconsciente na personalidade”.
Este é um alerta tanto para os profissionais quanto para as pessoas que pensam em passar por um procedimento estético, seja ele apenas uma pequena Harmonização
Facial ou uma Cirurgia Plástica, Bariátrica ou Ortognática onde há grandes alterações da imagem.
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Redação iBahia
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