Meninas famosas, ou nem tanto, mas cheias de atitude e com estilo próprio. Elas são as It girls que lançam tendências e influenciam milhares de outras garotas em todo o mundo. O termo virou febre e tem sido utilizado com frequência para definir não só celebridades, mas também uma infinidade de blogueiras de moda que apostam no poder de divulgação da web para mostrar looks, publicar conteúdos exclusivos e assim conquistar um grande público.Alguns fashionistas dizem que a expressão It girl foi usada pela primeira vez para intitular uma série de livros, publicados em 2007, pela escritora norte-americana Cecily von Ziegesar, sobre adolescentes que vivem desafios da contemporaneidade. O conceito ganhou força no Brasil através do blog da jornalista Alessandra Garrattoni, também autora do livro It Girls: Todos os segredos de uma verdadeira It Girl. A publicação foi a concretização de um sonho antigo da jornalista, que deu início ao processo de elaboração após acabar com o blog It Girls, criado em 2007. Alessandra explica que escolheu este termo para definir o blog e, posteriormente, intitular essa compilação de posts na web, porque ela já admirava esse universo muito antes de chegar por aqui. “ Eu já tinha o feeling de que um dia mulheres comuns, formadoras de opinião, iriam roubar o lugar que já tinha sido de modelos e atrizes”.Para Alessandra, o conceito faz referência às meninas que se destacam por possuir um carisma acima da média e um brilho que ninguém sabe definir ou explicar. Elas são inspirações para outras jovens no meio em que vivem. “As It girls são garotas modais que investem no sucesso e na felicidade e se incomodam com os limites impostos pelo meio em que vivem”, afirma Márcia Melo, coordenadora da pós-graduação de Moda, Artes e Contemporaneidade da Universidade de Salvador (Unifacs). Ela defende a ideia de que toda menina pode ser uma It girl desde que retrate os modos de sua época e faça com que as modas aconteçam.Já Paula Magalhães, jornalista e blogueira de moda, acredita que essas garotas necessariamente possuem o reconhecimento do público, são ousadas e quebram paradigmas. “Várias meninas têm tudo para ser uma It girl, mas não são porque precisam da fama”. Na opinião dela, a primeira garota reconhecida pela denominação foi Clara Bow, atriz que interpretou o filme It, em 1927. “It quer dizer objeto de desejo e pode ser aplicado de diferentes formas como It bag, bolsa de desejo”, frisa.Engana-se quem pensa que para criar um estilo próprio e inovar na composição de looks é preciso usar peças de grife. Nada disso! A condição social não interfere nas criações de uma verdadeira It girl. Na verdade, ela pode estar vestida só com roupas de brechó e ser reconhecida no meio como uma It girl de sucesso.A pernambucana de 23 anos já conquistou grande visibilidade através do blog. Participa atualmente de uma campanha da marca Corello, de bolsas e sapatos, e ainda está à frente do bazar Shopping Day, que vai acontecer no mês de maio, em Recife. “Meu blog é um verdadeiro portfólio para o mundo, qualquer pessoa pode ter acesso ao meu trabalho”. Há cinco anos, ela decidiu juntamente com duas amigas criar o blog Garotas Estúpidas para dividir as fofocas, postar fotos de celebridades e gafes dos famosos. Depois de dois meses, as colegas desistiram, mas ela permaneceu e, aos poucos, foi amadurecendo o conceito. Quanto ao nome, ela diz: “foi inspirado na música stupid girls da cantora Pink e serve como ironia aos homens que acham que conversar sobre esmaltes e roupas é futilidade”.Ela explica que sempre gostou de moda, a inclinação pelas artes vem desde cedo pelo fato de possuir uma mãe e uma avó artista plástica. “Quando fiz vestibular, já sabia que o meu destino era realizar o curso de moda”.Ser it girl é: “Se destacar em uma tribo, inspirar outras pessoas, possuir charme e atitude. Sempre existiu e continuará existindo garotas neste perfil, que podem ou não ser consideradas It girls”.Depois de formada em publicidade, a baiana de 28 anos decidiu que o que queria mesmo era fazer um curso de moda. Investiu em uma pós na área e ainda estudou produção de moda, em São Paulo. Hoje ela cursa Jornalismo e trabalha produzindo e escrevendo sobre o gênero.“No final de 2009, decidi fazer o blog para mostrar o meu olhar e divulgar o meu trabalho”. O nome Descosturando, segundo Mariana, sugere a ideia de pegar coisas antigas do armário e utilizá-las de formas variadas.Ser it girl é: “Possuir um estilo que chame a atenção e passe alguma mensagem para outras pessoas. Elas devem ter personalidade e um reconhecimento. Hoje há uma série de discussões sobre a expressão que tem sido utilizada para definir pessoas que não têm conteúdo e não se encaixam no perfil. Estão confundindo fashion victim (vítimas da moda) com fashionistas”. A baiana de 30 anos começou a se interessar em trabalhar, efetivamente, com moda durante a faculdade. Enquanto cursava publicidade, fez contatos com profissionais de área, produtores e estilistas. Depois de formada, morou em Barcelona, onde fez uma pós em marketing de moda, e também em Londres, onde realizou outros cursos de especialização na área. Decidiu abrir sua Boutique Jezebel em Salvador, em dezembro de 2009.“A Jezebel é uma materialização dos meus sonhos, do meu estilo. Aqui reúno tudo que eu gosto e quero compartilhar com as pessoas. Minha ideia é despertar nos meus clientes encantamento, prazer e descoberta. Sensações que gosto de sentir quando vou às compras”, esclarece. O blog tem como função compartilhar os produtos que são vendidos na loja, além de divulgar opiniões e conteúdos próprios relacionados à moda e tendências.Ser It Girl é: “Possuir um estilo próprio. Não concordo com a ideia de meninas copiarem estilos de It girls, elas precisam ser originais, fugir do padrão. Televisão, cinema e artes ajudam na busca pelo estilo próprio”.
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