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Maternidade: saiba tudo sobre o aleitamento materno

Nutricionista fala sobre como amamentar o bebê e o que fazer quando a mãe para de produzir leite

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03/12/2015 às 9:11 • Atualizada em 28/08/2022 às 4:56 - há XX semanas
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Nova Mãe Redação Nova Mãe Bom dia Mamães!!! O tema da alimentação infantil, principalmente no que diz respeito ao aleitamento materno e ao uso de fórmulas durante os 2 primeiros anos de vida, é bastante polêmico e deixa os pais cheios de dúvidas. Vale destacar a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, visto que o leite materno contém todos os nutrientes que a criança precisa para um adequado crescimento e desenvolvimento durante esta fase da vida. Além disso, é também um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psicológica, na recuperação do pós-parto e na perda de peso da mãe. O aleitamento materno pode parecer um tema "batido", mas ainda existe a crença de que o leite materno pode ser "fraco", além do fato de que muitos pediatras introduzem as fórmulas infantis sem uma real necessidade, o que acaba desestimulando o aleitamento. Estudos comprovam que até os dois anos de vida, o leite materno contém nutrientes essenciais e em grandes quantidades, desmistificando a ideia de que o leite é fraco e/ou que vira água.
Foto: Reprodução/Nova Mãe
Vale ressaltar ainda, que existem casos em que, por diversos fatores, a amamentação não é possível ou não recomendada como, por exemplo, nos casos de mãe soropositiva para o vírus HIV, HTLV-1 e HTLV-2. Nestas situações a melhor opção para crianças totalmente desmamadas com idade inferior a 4 meses é a alimentação láctea, por meio da oferta de leite humano pasteurizado proveniente de Banco de Leite Humano, quando disponível. Já o uso de leite de vaca e/ou fórmula infantil deve ser avaliado individualmente pelo profissional de saúde, de acordo com as necessidades da criança.Você sabia que o que mais diferencia o leite de vaca do leite materno (LM) é o tipo e a quantidade de proteínas? O leite de vaca possui três vezes mais proteína que o LM, o que sobrecarrega os rins quando consumido em grande quantidade, aumentando a excreção de cálcio pela urina e causando mais cólica. E o leite de vaca possui ainda uma proteína potencialmente alergênica, a betalactoglobulina.Veja abaixo um quadro sobre a diferença entre Leite Humano, Fórmula Infantil e Leite de Vaca:
Foto: Reprodução/Nova Mãe
As fórmulas infantis são melhores opções que o leite de vaca, porém, pelo fato de ainda serem feitas a partir deste ingrediente, o risco de alergia ainda existe. Por isso, é conveniente evitar o leite de vaca no primeiro ano de vida, devido a um maior risco de desenvolvimento de alergia alimentar. A alergia alimentar ou alergia à proteína heteróloga pode ser desenvolvida a qualquer proteína introduzida na dieta habitual da criança. A mais frequente é em relação à proteína do leite de vaca, pelo seu alto poder alergênico e pela precocidade de uso por crianças não amamentadas ou em aleitamento misto (leite materno e outro leite). Diante da impossibilidade do aleitamento materno após os 6 meses, deve-se utilizar uma fórmula infantil ou mesmo outros substitutos do leite materno, como "leites" de cereais (por exemplo, de arroz, quinoa, etc). A decisão sobre qual substituto adotar vai depender da avaliação de diversos aspectos como, aceitação do bebê, condição econômica, processos alérgicos (pessoal e familiar), disponibilidade do produto, entre outros. Um acompanhamento nutricional é de enorme importância quando se trata da saúde do bebê, pois cada um possui sua particularidade e precisa de atenção. E o leite de soja? Este será tema para um próximo post!
Foto: Reprodução/Nova Mãe
Outro ingrediente importante são os "engrossantes"! Além de serem produtos calóricos, podem comprometer a absorção de outros nutrientes, como as vitaminas, por exemplo. Devemos sempre ter cuidado quando se fala de alimentos industrializados e ler os rótulos, sempre!Observe a lista de ingredientes de um farináceo super popular: Farinha de trigo enriquecida com ácido fólico e ferro, AÇÚCAR, farinha de milho enriquecida com ácido fólico e ferro, farinha de arroz, sais minerais (carbonato de cálcio, fosfato de sódio dibásico, niacina, vit. E, ácido pantotênico, vit. A, vit. B1, vit. B6, ácido fólico, vit. D), probiótico e aromatizante vanilina. CONTÉM GLÚTEN. CONTÉM TRAÇOS DE LEITE.Vamos à análise: como podemos ver, são adicionados vitaminas e minerais sim, porém contém AÇÚCAR. Se vocês observarem, os próprios fabricantes recomendam esses produtos para crianças a partir de 6 meses e a Sociedade Brasileira de Pediatria NÃO recomenda a ingestão de açúcar antes do primeiro ano de vida – estendendo até os 2 anos. Como mencionei acima, é um produto calórico e quando adicionado de uma fórmula, por exemplo, se torna mais ainda calórico e isso pode aumentar o risco de obesidade infantil e doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, entre outros), levando risco de saúde para o bebê e para a criança. Além disso, contém traços de leite, podendo predispor à APLV.Mas, o que fazer? Não engrosse o mingau do seu filho com farináceos que contenham açúcar e conservantes, observem a lista de ingredientes! Você pode utilizar a aveia, amaranto, quinoa, e até mesmo o arroz integral para engrossar o mingau do seu filho.Converse com o seu pediatra ou nutricionista para esclarecer todas as dúvidas. Procure sempre um profissional especializado! Beijos,

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