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ENTRETENIMENTO

Saiba como deixar suas fotografias de viagem ainda mais bonitas

Veja dicas para 'bombar' na web com cliques feitos por você mesmo

Redação iBahia • 25/08/2019 às 10:00 • Atualizada em 30/08/2022 às 6:51 - há XX semanas

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O que é mais importante: fazer um tour por uma atração turística ou publicar uma foto que “bombe” nas redes sociais ? Segundo um levantamento realizado pelo site de busca de hospedagem Hoteis.com com 500 viajantes brasileiros, 41,4% preferem colecionar curtidas a visitar um ponto de interesse durante as férias. Outra pesquisa, esta da Booking.com, mostra que 28% dos 21.500 entrevistados em 29 países admitem que se hospedar em propriedades atraentes, onde possam tirar fotos para publicarem em suas redes, é algo que eles têm em mente ao escolherem uma acomodação.

Os números só reforçam a sensação de que a fotografia se tornou parte fundamental da viagem , sobretudo com a popularização de smartphones com lentes que não fazem feio perto de câmeras tradicionais.

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Luz exterior

Foto: Reprodução | Guinho Santos

Linguagens e equipamentos diferentes, mas que dependem igualmente do olhar e de algumas regrinhas básicas de fotografia, como se posicionar com o sol às costas, deslocar o objeto da foto para os cantos ou usar algum componente para criar uma noção de perspectiva (como linhas de uma estrada ou montanhas, e pessoas em contraste com a paisagem).

Fotografar nas primeiras horas após o amanhecer e pouco antes do pôr do sol é outra dica importante. Quanto mais perto do meio-dia, mais difícil encontrar um equilíbrio entre luz e sombra. E, em caso de selfies, o recomendável é levantar um pouco o braço, para pegar o rosto de cima para baixo.

Outra regra de ouro é aproximar a lente do objeto ou do personagem a ser fotografado

Foto: Reprodução | Danielle Pimenta

— Em fotos em pontos turísticos, é muito comum a pessoa fotografada estar pequenininha lá no fundo — avalia a fotógrafa Márcia Foletto, outra integrante da equipe do GLOBO. — A vontade de mostrar tudo é o caminho para deixar a foto confusa. Costumo dizer aos amigos: “Enquadre a pessoa na frente do cenário; e quando achar que já está bom, dê cinco passos para a frente.”

Planejamento é tudo

Mesmo para quem clica apenas por prazer ou vontade de eternizar um momento, planejamento é importante, como defende Custodio Coimbra, também do time fotográfico do jornal.

— Uma dica é pesquisar o local antes de viajar, para saber o que dali é realmente único, algo que pertença à cultura local, e que vai render uma imagem interessante — sugere ele. — Também vale pesquisar outras imagens já feitas naqueles locais que escolher. Não para copiar, é claro, mas para ver, por exemplo, o posicionamento do sol, como é a a luz, que ângulos vale tentar.

Como tirar melhor proveito da câmera do celular

Foi-se o tempo em que o equipamento fotográfico precisava ocupar parte significativa da bagagem do viajante. Mesmo fotógrafos profissionais já admitem dar férias a câmeras e lentes quando não estão trabalhando, e usar os celulares para registrar suas viagens com mais agilidade e menos peso.

Ana Branco, do GLOBO, faz parte desse time. Ela usou basicamente seu iPhone em viagens recentes, seja a Alagoas ou à Itália:

— Celulares, com suas lentes grande angulares, são ótimos para fotografar paisagens amplas. Mas por serem leves e muito fáceis de carregar, são bons também para registrar detalhes que ajudam a contar a história de uma viagem.

Editar durante a própria viagem

Foto: Reprodução | Isadora Sodré

Para ela, um efeito colateral da facilidade propiciada pela tecnologia é uma certa "compulsão de fotos", com pessoas registrando praticamente tudo. A solução? Começar o processo de edição durante a viagem, elencando prioridades do que se quer clicar.

— A dica é pensar num álbum de fotos que você mostraria aos outros, ou que gostaria de ver — diz. — Se for a um museu, por exemplo, faça uma foto da fachada e outra com você e sua companhia em frente. Depois, dedique-se aos detalhes e a aquilo que só as imagens podem explicar.

Dedicar alguns momentos no final do dia para apagar as imagens repetidas, ou que não ficaram tão boas, também faz parte desse trabalho de edição, segundo a fotógrafa.

O que evitar

Apesar de reconhecer a qualidade técnica dos aparelhos modernos, ela lembra que eles têm limites. O zoom é o maior deles:

— Não use o zoom do celular. É a ferramenta da preguiça. As fotos não ficarão boas. Em vez disso, se aproxime daquilo que deseja fotografar. É melhor registrar o quadro mais aberto e depois, na edição, aproximar a imagem.

Também se deve evitar o flash, a não ser que a ideia seja fotografar alguém num ambiente escuro:

— Procure um ponto de luz, coloque a pessoa contra ele e fotografe com flash. Assim, você garante a iluminação no rosto dela e no ambiente ao redor.

Em busca do clique perfeito

Foto: Reprodução | Guinho Santos

Estrela-do-mar no Parque Nacional del Este, na República Dominicana, em foto feita por Custodio Coimbra Estrela-do-mar no Parque Nacional del Este, na República Dominicana, em foto feita por Custodio Coimbra Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo

Assim como as lentes do celulares evoluíram, os recursos das câmeras compactas e semiprofissionais também melhoraram com os anos. Então, para ir além das fotos para exibir nas redes sociais, vale a pena investir nelas. É o que garante Márcia Foletto, repórter fotográfica da equipe do GLOBO.

— Para imagens mais gerais, o celular funciona bem — avalia a profissional. — Mas se você quer pensar em detalhes, é importante ter lentes zoom diferentes, que conseguem alcançar amplitudes e ângulos maiores. Existem ótimas câmeras compactas com esses recursos, algo de que as lentes dos celulares não são capazes.

Estas características são fundamentais especialmente para situações mais adversas, explica Custodio Coimbra, também repórter fotográfico do time do GLOBO:

— Se você está fotografando algo em movimento, ou num local sem luz, é importante ter um equipamento que permita regular seus recursos com mais precisão.

Os principais são a velocidade em que o obturador abre e fecha, deixando passar a luz (o tempo do “clique”). E o diafragma, que é o diâmetro da abertura das lentes e que define a quantidade de luz que entrará na câmera. Quanto maior for a abertura, mais luminosa será a foto.

E para registrar aquele prato de comida especial, ou tirar foto em locais muito cheios, esses recursos ajudam? A seguir, os dois profissionais dão dicas de como fazer o melhor uso da câmera fotográfica nessas e em outras situações de viagem.

À noite

Foto: Reprodução | Isadora Sodré

Mascarado durante a Festa do Divino em Prinópolis, no interior do Goiás: exemplo de fotografia no lusco-fusco ao anoitecer, por Custodio Coimbra Mascarado durante a Festa do Divino em Prinópolis, no interior do Goiás: exemplo de fotografia no lusco-fusco ao anoitecer, por Custodio Coimbra Foto: Custodio Coimbra / Agência O Globo

Fotografias noturnas precisam de luz e foco. Dificilmente, o viajante estará com um tripé na mala. Então, a alternativa é escorar a câmera ou o celular em algum local e usar o timer. Assim, não há risco de tremer ao clicar, diz Márcia.

— Mas lembre-se de que a foto pode ficar muito mais interessante se for feita no “lusco-fusco”, quando o céu ainda não ficou completamente negro ao anoitecer. Pode ser uma boa observar o horário em que o sol se põe na cidade onde você está e planejar o momento ideal para se estar.

Em movimento

Foto: Reprodução | Danielle Pimenta

Pulando de parapente ou dentro de uma gruta? Nessas horas, a lente da câmera faz toda a diferença. Segundo Custodio, para locais de baixa luminosidade, além da velocidade e da abertura do diafragma, é importante calcular o ISO (a sensibilidade da lente) para que ela absorva o máximo de luz possível:

— Já para fotos em movimento, é preciso aumentar bastante a velocidade, porque isso evita que a foto fique tremida, sem foco. Nesses casos, quem puder investir numa lente grande angular não vai se arrepender.

Paisagem

Foto: Reprodução | Danielle Pimenta

A composição da luz ao amanhecer com a paisagem do Parque de Itatiaia, em registro de Márcia Foletto A composição da luz ao amanhecer com a paisagem do Parque de Itatiaia, em registro de Márcia Foletto Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Observar a posição do sol é fundamental, afirmam especialistas. O ideal é que o astro esteja bem atrás do fotógrafo, para que a imagem tenha uma luz uniforme. A regra básica, enfatiza Custodio, é lembrar: as três primeiras horas do dia (e as três últimas) são sempre as melhores para aproveitar a luz. E, embora a paisagem esteja ao fundo, evite que coisas desinteressantes apareçam na frente, alerta Márcia.

— Como é uma foto sem movimento, é preciso ficar atento à profundidade , fotografando com o diafragma mais fechado.

Uma foto de paisagem correta do ponto de vista técnico é, portanto, feita de um horizonte reto (sem cortar itens importantes), tem um elemento principal (em geral, em primeiro plano) e a exposição à luz é precisa, como esta ao lado.

— A dica é usar a chamada regra dos terços — lembra a fotógrafa Márcia Foletto. — Divida a imagem em duas linhas verticais e duas linhas horizontais. A interseção desses pontos é a área em que nosso olho tem mais atenção. Mantenha o assunto principal da foto nesses pontos.

Retratos

A melhor forma de fazer um retrato, sem perder o foco na pessoa e ainda assim mostrar o visual em torno, é se aproximar dela, enquadrando-a no centro ou na lateral.

— Uma das melhores posições é enquadrar a pessoa da cintura para cima, em plano americano, como chamamos. Assim, ela fica numa proporção harmônica com o fundo da imagem.

Jovem da aldeia Wasare, da tribo Parecis, em Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso, fotografado por Márcia Foletto Jovem da aldeia Wasare, da tribo Parecis, em Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso, fotografado por Márcia Foletto Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Comida

Foto: Reprodução | Guinho Santos

Foto de gastronomia é um clássico nas redes, mas nem sempre funciona. Isso porque demanda precisão na luz e foco. Sim, dá um trabalhinho, mas vale a pena. O ideal é deslocar o prato e levá-lo para um local com uma fonte de luz. O fotógrafo deve se posicionar do lado oposto desse ponto de luminosidade. Se der, peça ajuda para alguém segurar um guardanapo branco e, ao seu lado, rebater a luz, o que vai direcioná-la para o foco da imagem, que é o prato em si.

— E simplificar a composição, sem muitos outros elementos, além da comida.

O zoom da câmera semiprofissional faz diferença. Usá-lo deixa a comida com mais volume e textura.

Aeroporto e avião

Fotos em aeroporto e avião exigem maior exposição à luz, pois costumam ser lugares escuros. O importante, por também serem espaços agitados, é ficar de olho no foco.

— Segurar a câmera com firmeza para não tremer ou apoiá-la em algum local firme e usar o timer são as melhores opções.

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