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Esquema de segurança da Copa será testado no Carnaval

O governo do estado vai investir na festa deste ano R$ 60,2 milhões — sendo R$ 32 milhões apenas na segurança

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19/02/2014 às 8:15 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:52 - há XX semanas
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O esquema para o Carnaval deste ano será um teste para as operações de segurança da Copa do Mundo. É na festa que vai ocorrer a prova de fogo do aparato tecnológico que vai funcionar no Mundial em Salvador: integrando 54 postos fixos da polícia, 150 câmeras e o QG da operação de segurança pública e Defesa Civil na Avenida Paralela, o Parque Tecnológico da Bahia, onde será montado o Centro Integrado de Gestão de Emergência (Cige). Para dar suporte ao aparato de segurança foram escalados 24 mil policiais, divididos em três times, cada um em um dos circuitos da festa. São quatro mil agentes de segurança a mais do que foi divulgado na folia de 2013. Também cresceu o número de câmeras que vão monitorar a festa, de 95 em 2013 para 150 este ano. Os investimentos do governo do estado no Carnaval somam, ao todo, R$ 60,2 milhões e foram anunciados, ontem, pelo secretário estadual de Comunicação Social, Robinson Almeida, no Sheraton da Bahia Hotel. O esquema de segurança será detalhado hoje pela Polícia Militar. Apenas com segurança, o valor anunciado é de R$ 32 milhões — quase a metade do valor investido na festa toda. “Não adianta colocar os blocos na rua e fazer a publicidade sem a segurança, que é o que faz a diferença para o Carnaval se tornar a vitrine da Bahia”, afirmou o secretário da Segurança Pública (SSP), Maurício Barbosa.
Policiais em ação na festa de 2013: este ano, serão 24 mil profissionais
Câmeras Além de imagens das câmeras no chão, o Cige será alimentado por cenas capturadas por três helicópteros, que farão a vigilância aérea. Um motoplanador e um avião estão disponíveis para emergências e para deslocamento de frota. A operação contará ainda com rádios comunicadores com GPS disponíveis em cada equipe de policiais que, junto com os serviços de localização dos próprios trios, vão ajudar no deslocamentos das tropas. Mesmo com o Cige, o caminhão que abriga o Centro de Operação Móvel, em Ondina, continuará funcionando como um minicentro de operações, que se comunicará com o da Paralela. A estrutura montada para garantir a paz no Carnaval, é, segundo o governador Jaques Wagner, a maior operação militar fora de situação de guerra. Para Wagner, o número de incidentes que ocorrem no Carnaval é compatível ao tamanho da festa. No ano passado, foram registrados um homicídio, cinco tentativas de assassinatos, 220 registros de lesão corporal — um caso resultou em morte —, quatro deles no circuito Osmar (Campo Grande), além de 93 roubos e 829 casos de furtos. Cordas Elogiando as mudanças no Carnaval deste ano, como o projeto Furdunço (que valoriza as apresentações em pequenos trios, independentes e sem cordas), o titular da SSP explica que quanto menos cordas, menos confusão nos circuitos da festa. “O grande problema são os cordeiros e os blocos do Carnaval. Não falo nem do cordeiro propriamente, mas dos espaços que eles têm que reservar para os blocos, espremendo os foliões para os corredores e gerando brigas por espaço”, disse. Além disso, segundo Barbosa, os artistas à frente dos trios precisam estar atentos para a segurança dos foliões. “A cada ano conscientizamos os artistas do papel que eles têm no controle da multidão. Há locais que têm estreitamento das vias e os artistas ajudam as forças de segurança para que não haja grande tumulto”. CulturaQuase R$ 10 milhões serão investidos pelo governo do estado na cultura — o que inclui a programação do circuito Batatinha (Pelourinho), apoio a blocos independentes e o Carnaval Ouro Negro, com a preservação de blocos afros e de índios. Este ano, o Carnaval no Pelô conta com show de Carlinhos Brown, que abre a festa na sexta-feira e já tem presença confirmada ao longo dos cinco dias de festa de Márcia Castro, BaianaSystem, Lazzo Matumbi, Mariene de Castro e Margareth Menezes. Pórticos estão mantidos, mas sem revista de policiais Ontem, foi descartada a expectativa de que todos que forem para a avenida sejam revistados — modelo adotado pela prefeitura no Réveillon. “Não temos condições de colocar uma equipe de policias em cada portal. O planejamento da prefeitura é o planejamento da prefeitura, mas não temos como garantir isso (que em cada pórtico colocado nas ruas de acesso ao Carnaval teria revista, como na festa no Comércio)”, explicou o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa. Segundo ele, haverá blitze itinerantes em locais estratégicos — como embarque e desembarque de ônibus. As vistorias serão feitas com detectores de metais. O secretário municipal de Desenvolvimento, Cultura e Turismo, Guilherme Bellintani, disse que os 65 pórticos estarão mantidos na festa, mas não com a função de segurança. Ele acrescentou que, nos portais, trabalharão funcionários da prefeitura. “Os pórticos, na verdade, nunca tiveram o papel de segurança, inclusive os do Réveillon não tiveram o papel de pórticos da Polícia Militar. São para entrada dos circuitos. Neles, poderão ser ativadas ações das patrocinadores do Carnaval. São postos de informação ao turista e ao folião e servem para ordenamento e controle dos ambulantes e campanhas promocionais”, disse. Colaborou: Clarissa Pacheco Matéria original do Correio Com 4 mil policiais a mais, esquema de segurança da Copa será testado no Carnaval

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