Redação GoalA dança das cadeiras dos técnicos no Campeonato Brasileiro foi um dos destaques negativo após o fim de mais uma temporada. Os números comprovam que os clubes brasileiros são os que mais demitem treinadores, e em 2015 não foi diferente. Em nove meses, 25 deles deixaram os seus cargos - quase três vezes mais do que nas principais competições europeias.O rodízio de treinadores se tornou uma pratica comum no Brasil. Das 20 equipes que disputaram a competição, nenhuma está com o mesmo técnico que terminou o ano de 2014 (Tite voltou ao Timão no começo deste ano). O recorde dos últimos anos ainda pertence a temporada 2010, quando 32 técnicos caíram durante os nove meses de disputa do Brasileirão.Comparando os números da competição com os das principais ligas da Europa, o Brasil perde "de lavada". Na temporada anterior do Velho Continente, o que mais teve trocas foi o da Espanha, com 11, com a Alemanha em segundo com apenas oito. Itália com sete, Inglaterra com seis, e França com três tiveram números menores ainda.No emaranhado de táticas e orientações, a vida dos técnicos de futebol no Brasil continua sendo uma grande incógnita. Apenas o Corinthians manteve o comandante que iniciou a temporada, e com Tite à frente da equipe, se sagrou campeão do Brasileirão. O segundo colocado Atlético-MG manteve Levir Culpi até a penúltima rodada, mas mesmo com ótimos números, o treinador deixou o comando do Galo.Já no restante da tabela, os times trocaram pelo menos uma vez de treinador cada um. O Flamengo foi o recordista, com três demissões desde o início da competição (Vanderlei Luxemburgo, Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira). Grêmio e Sport foram os únicos clubes que não dispensaram nenhum dos seus comandantes, no entanto, ambos tiveram uma troca de treinador, com os próprios profissionais optando por sair.O assunto, junto com as polêmicas arbitragem foram os temas mais debatidos no decorrer da competição, e mostraram que esse não é nem sempre o melhor caminho. Os clubes adotam essa saída como a única solução, e acreditam que um os mesmos técnicos que são problemas para uns, podem ser a solução para outros, até que se tornem novamente um problema para ser novamente trocado por outro."Cada treinador demitido no Brasil é mais um gol para a Alemanha. Estamos voltando à estaca zero. O projeto forte e duradouro tem pontos positivos e negativos. Eles têm que focar para escapar do rebaixamento", disse Milton Mendes, que treinava o Atlético-PR, após sua demissão na 28ª rodada.No futebol europeu, essas trocas acontecem com muito menos frequência. Enquanto no Brasil, os treinadores têm uma média de quatro a cinco meses em cada clube, no Velho Continente, o tempo médio de cada um é de pelo menos dois anos.CONFIRA AS TROCAS DE TÉCNICOS NO BRASILEIRÃO DE 2015Flamengo : Vanderlei Luxemburgo, Cristóvão Borges, Oswaldo de OliveiraCruzeiro : Marcelo Oliveira, Vanderlei Luxemburgo, Mano Menezes (se demitiu)Coritiba : Marquinhos Santos, Ney FrancoJoinville : Hermerson Maria, Adilson BatistaVasco : Doriva, Celso RothFluminense : Ricardo Drubscky, Enderson MoreiraGoiás : Hélio dos Anjos, Julinho Camargo, Artur Neto (se demitiu)São Paulo: Osorio (se demitiu), DorivaSantos : Marcelo FernandesAvaí : Gilson KleinaInternacional : Diego AguirreFigueirense : René SimõesPonte Preta: Guto FerreiraChapecoense : Vinicius EutrópioAtlético-PR: Milton MendesPalmeiras : Oswaldo de OliveiraAtlético-MG: Levir CulpiSport : Eduardo Baptista (se demitiu)Grêmio : Felipão (se demitiu)
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