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Ismerim, vice-jurído do Bahia: "a liminar foi exarcebada" |
Depois do impasse na justiça que suspendeu as eleições no Bahia e em seguida a revalidou, a direção do clube decidiu retomar o pleito da última terça-feira de onde ela parou. Até o oficial de justiça apresentar a liminar, cerca de 200 dos 323 conselheiros já haviam registrado o seu voto - de acordo com o próprio clube, a grande maioria reelegendo o presidente Marcelo Guimarães Filho. Os dirigentes do Bahia estavam reunido desde as primeiras horas da manhã para dar um desfecho às eleições. Eram três opções: declarar Marcelo Filho reeleito pela maioria dos votos, retomar o pleito de onde parou ou anunciar novas eleições, começando tudo novamente. Venceu a opção dois e os conselheiros que ainda não votaram têm até as 17h desta quarta-feira para registro do voto na sede de praia do Bahia, na Boca do Rio. De acordo com o conselho deliberativo tricolor, a apuração dos votos e a cerimônia de posse serão realizadas logo depois das 17h.
As eleições no Bahia foram suspensas depois que uma liminar impetrada pela oposição questionou a exclusão do conselheiro Jorge Maia, expulso da lista aparentemente sem razão. Eles também questionavam a inclusão de outros conselheiros que estariam irregulares e exigiam a lista de sócios do clube. Além da liminar, o juiz Paulo Albiani
definiu o advogado Carlos Eduardo Rátis como interventor do Bahia com salário de R$ 60 mil. Porém, o grupo de situação sob o comando Ademir Ismerim, vice-jurídico, entrou com um agravo (pedido de cassação da liminar) no final da noite de terça e conseguiu regovar a decisão anterior. Assim, o presidente Marcelo Filho, antes destituído, voltou a ter plenos poderes. "A liminar foi exarcebada", disse Ismerim. Segundo magistrados, dirigentes do Bahia adotaram uma postura estratégica para derrubar a liminar da oposição. Definiram a data da eleição para um dia em que coincidisse com o plantão judicial do desembargador Gesivaldo Brito, supostamente a par dos movimentos políticos do clube.