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Adriana, à direita, é decacampeã brasileira de Cross-Country |
Os homens são maioria, sim. Mas a presença feminina, ainda que em minoria, não se deixa passar despercebida na maior ultramaratona de mountain bike da América Latina. Direitos e deveres iguais. Para as mulheres a missão é a mesma dos homens: vencer os mais de 600 quilômetros de trilhas pela Chapada Diamantina, entre os dias 23 e 29 de outubro. Poderosas em cima de suas bikes, elas se unem e mostram pra muito marmanjo que têm garra pra dar e vender.
Diário de bordo, dia 4: "estive especialmente perto de Deus. Um dia para não esquecer. Jamais" As paulistas Adriana Nascimento e Sabrina Gobbo participaram da primeira edição da Brasil Ride, em 2010, mas pedalaram na categoria Mista, cada uma com um parceiro. Este ano elas resolveram juntar as forças e competir na categoria Feminino. "Nos conhecemos há muito tempo, então agora resolvemos vir na mesma equipe. Vamos fazer a prova inteira. Só não completaremos se der algo muito errado", disse Sabrina. Adriana já está acostumada não só a participar de provas mais longas, mas a vencê-las. Ela é dez vezes campeã brasileira de cross-country e além do Pan-Americano, em 1999, já competiu no Mundial e em ultramaratonas na África do Sul, Canadá, Alemanha, Chile e Itália. A multicampeã explica como deve ser a sintonia da dupla. "Tem que andar juntinho, uma lembrando a outra a hora de comer. Tem que ser tudo sincronizado".
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Andrea fez aniversário durante a Brasil Ride |
Amigas na trilha - A mineira Andrea Marcellini mora na Suiça há três anos. Trabalhando na União Ciclística Internacional ela conheceu a francesa Melanie Leveau, a quem convidou para formar uma parceria 100% feminina na Brasil Ride. "Ciclismo é a minha diversão. A gente trabalha juntas, começamos a pedalar juntas também e resolvemos fazer a prova esse ano", disse Andrea, que comemorou o aniversário de 32 anos na última quarta-feira (26), pedalando 85km na cidade de Rio de Contas. Apesar de gostar muito do mountain bike, Andrea não é uma veterana nas ultramaratonas, mas confia na parceria, à qual deram o nome de "A Hora do Blush", para ir até o final. "Dá um medinho de algumas etapas mais longas. Eu não tenho costume de fazer esse tipo de prova, mas eu muito gostoso estar aqui com os amigos que não vejo há muito tempo", completou a mineira que tem atraído olhares e assovios de muitos ciclistas.
*Repórter enviado a convite da organização da Brasil Ride