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Boa sorte, René! - por Eduardo Rocha

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15/04/2011 às 14:40 • Atualizada em 27/08/2022 às 11:14 - há XX semanas
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Optamos por não insistir no velho texto batido do filósofo, teórico das quatro linhas. E René foi logo nos dando razão: "30 anos devem dar alguma pratica a alguém, né? Depois desse tempo todo ser considerado um teórico... Acho que sou um prático".

Calma, René! Cada treinador carrega sua marca, um sinal de nascença carimbado por imprensa e/ou torcida no batismo da bola. Se você é o filósofo, Joel é o paizão e Celso Roth, o retranqueiro. Quem chegasse ao Bahia seria imediatamente rotulado. René Simões estudou, e isso nem sempre é uma benção. "Futebol se aprende é no campo!", vão dizer os mais antiquados.

"Consegui aliar minha prática com a teoria" - responde. Safo, já entendeu que não há tempo hábil de armar o Bahia pra decisão de domingo, contra o Vitória da Conquista. Por isso, mal chegou e já carrega Chiquinho de Assis à tira colo. Tem uma semana para decidir o primeiro semestre tricolor. Baiano, Copa do Brasil ou nem um, nem outro. Muita pressão, pouco tempo. "Eu percebo agora uma ansiedade, uma preocupação, um excesso de medo...".

Boa sorte, René! A missão é das mais duras. Logo de cara, é transformar aquilo que vimos quarta-feira num time, com organização, esquema, padrão. Leva tempo. Mas que tempo? É domingo, quarta e daí em diante falta apenas um mês pro Campeonato Brasileiro. É nesse período que René vai tentar disputar as finais do estadual, arrumar o time, avaliar o elenco, dispensar boa parte dos 20 contratados, contratar uns tantos e administrar outros problemas, como: Rafael, pelos gols, ou Souza, pelo nome?

Conselho - Seja como for, o novo técnico vai precisar de toda a teoria e prática desses 30 anos pra se equilibrar no cargo até o final da primeira Série A desde 2003. Os antecessores derraparam nos problemas e no excesso de expectativa. Rogério Lourenço teve apenas cinco jogos - uma vitória, um empate e três derrotas. Chiquinho de Assis sentou no banco quatro vezes e também venceu uma só. Não perdeu, é verdade: conseguiu três igualdades. Aí veio Benazzi, o martirizado. Tempo? Pouco mais de 50 dias, oito vitórias, três empates e apenas duas derrotas. Sobrou... Que venha René, o prático. Seja como for, boa sorte!

Eduardo Rocha é editor de Esporte e escreve às sextas-feiras. Coluna
publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 15 de abril de
2011

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