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Medina já desbancou Slater em outra etapa do World Tour |
Foi um déjà vu para Gabriel Medina. Nas ondas de Ocean Beach, um dia depois de entregar o 11º título mundial a Kelly Slater, o garoto-prodígio deu o troco no americano, 22 anos mais velho. Depois, uma vitória fácil sobre Taylor Knox, 23 anos mais velho. Na decisão, mudou apenas o adversário. Em vez de Julian Wilson, como na França, um outro australiano: Joel Parkinson. O resultado? De novo uma apresentação de gala e mais um título para o surfista de apenas 17 anos. Em San Francisco, a segunda vitória em quatro etapas como integrante da elite mundial. "É incrível. Na verdade, não sei o que fiz. Não acredito", disse Medina. Foi quarta vitória brasileira - a terceira seguida - na temporada 2011 do Circuito Mundial. Na França, Medina foi o campeão; em Portugal, Adriano de Souza, o Mineirinho. Em maio, Mineirinho venceu o Rio Pro. A última parada será em Pipeline, no Havaí. O janela de espera vai de 8 a 20 de dezembro. Dois dias depois, Medina completará 18 anos de idade. Em Hossegor, na França, em sua segunda etapa como surfista da elite, Medina perdeu para Slater nas oitavas, passou pela repescagem e, nas quartas, deu o troco no americano. Nas semifinais, enfrentou Knox, de quem, lá nas ondas francesas, ganhou o apelido de "Medina Airlines". Motivo? Os muitos aéreos. Em San Francisco, a história se repetiu. No domingo, Slater ergueu a taça depois de mandar Medina e Miguel Pupo à repescagem. Confirmava ali, depois de um erro de contas da Associação dos Surfistas Profissionais (ASP), o 11º título mundial. Nesta segunda, Medina passou pelo australiano Matt Wilkinson e marcou encontro com Slater, agora nas quartas. Nem a prancha de cinco quilhas ajudou Slater. O brasileiro venceu o americano e depois eliminou Knox. Do outro lado da chave, Parkinson derrotava Alejo Muniz, impedindo uma final verde-amarela. Parkinson assistiu a tudo. E, mal entrou na água, viu Gabriel Medina, nos primeiros segundos, emendar quatro manobras em uma onda e tirar 7,50. O aussie demorou cinco minutos para achar a primeira. Entrou, mas não saiu de um tubo. Medina então remou para uma direita, rabiscou-a de ponta a ponta e arrancou 9,00 pontos. Parko se abateu. Tirou 6,90 em sua melhor. A outra nota era 4,00. Precisava de 9,60. E foi aí que o mar deu uma ajudinha para o Brasil. Marasmo. Quando as ondas enfim reapareceram, um mísero 3,63. "Quero agradecer à galera do Brasil pelo apoio. Isso me ajudou bastante. Parabéns ao Parko. Ele é um dos meus surfistas preferidos".