Alex Flávio Santos Luz hoje tem 21 anos. Natural de Salvador, foi criado no bairro de Itapuã e, inspirado pelo conterrâneo Edvaldo "Bala" Valério, queria ser nadador quando criança. Até os 12 anos, se dedicou ao esporte na escolinha Golfinho. Mas de forma repentina decidiu mudar o foco. Avisou a mãe Jilcélia Nascimento que queria mesmo era ser jogador de futebol. Apesar da resistência materna, que priorizava os estudos, o garoto persistiu.
Alguns poderiam não levar a sério as palavras de um pré-adolescente, mas começava ali a jornada de uma promessa baiana. Em 2014, ele foi promovido para o time principal do Cruzeiro e, após sua primeira temporada como jogador profissional do Cruzeiro, Alex comemora. Campeão Mineiro e Brasileiro, ele não titubeia ao eleger este ano como o melhor da sua vida: "sem sombra de dúvida".
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"Foi um ano de muito aprendizado. Pude desfrutar de caras como Dedé e Manoel, que são jogadores de nível de seleção brasileira. Marquei Everton Ribeiro e Ricardo Goulart o ano todo, já que treinava entre os reservas. Foi um ano maravilhoso. Joguei alguns jogos e pude participar disso. No momento em que vencemos o Brasileiro, passou muita coisa pela minha cabeça. Lembrei da minha vida na periferia de Salvador. Chegar nesse patamar de hoje foi uma grande conquista", contou Alex em entrevista ao iBahia.
Planos - E o zagueiro baiano não se acomoda. "Agora estou almejando jogar como titular em 2015. Sei que a concorrência é grande, pois o Cruzeiro conta com grandes zagueiros, mas tenho as minhas ambições, sem passar por cima de ninguém", disse o jogador, que tem contrato até 2016 com o time mineiro. Sonhando alto, como todo garoto que é apaixonado por futebol Alex pensa em um dia atuar na Europa, mais precisamente na Itália. "Sonho em jogar no Milan. Já falei para minha mãe isso, desde que saí da Bahia para morar em Minas Gerais".
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Depois de passar alguns poucos meses na escolinha do Bahia na Boca do Rio, Alex foi chamado para jogar no Atlântico quando tinha 13 anos. Lá, passou a disputar jogos no interior da Bahia e viajou por alguns lugares do Brasil. Se desencantou com a frustração de por pouco não ter ido para a base do Corinthians, mas o Cruzeiro entrou cedo na sua vida e, aos 14 anos, ele deixou Salvador para buscar o sonho de ser jogador.
"Falei para a minha mãe que queria ir e avisei: 'não vou voltar'. Foi muito ruim na época. Sou filho único e sofremos muito, choramos muito. Só que eu tinha o sonho e meti a cara", contou Alex, que passou por dificuldade em Belo Horizonte. "Nos primeiros meses foi difícil. A gente recebia ajuda de custo de R$ 90. É absurdo viver daquele jeito, mas o Cruzeiro me dava tudo, inclusive escola, que era uma exigência da minha mãe. Ela sempre quis que eu estudasse, me cobrou concluir o ensino médio para um dia fazer faculdade".
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| Alex jogou contra o Bahia na abertura do Brasileiro deste ano |
Férias - Com reapresentação marcada para o dia 7 de janeiro, Alex aproveita as férias com a família e com os amigos em Salvador. "O carinho daqui não tem igual. Hoje sou um pouco mineiro, mas não me afasto daqui de jeito nenhum. Tive minha infância aqui e adolescência lá. Amadureci como homem em Minas Gerais, tenho um pouco de sotaque até. Adoro Belo Horizonte, é um lugar tranquilo, mas Salvador eu não troco", completou Alex. O amor pela Bahia é tanto que ele não esconde a preferência quando perguntado sobre a culinária das suas duas terras. Acarajé ou pão de queijo? Sem pestanejar, o zagueiro baiano do Cruzeiro faz a sua escolha. "Acarajé, claro".
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