Depois dos diversos casos de punições e denúncias do STJD por conta de irregularidades com jogadores, a CBF decidiu "tirar o corpo fora" das polêmicas. A entidade, a partir de agora, não responderá mais por escrito as solicitações dos clubes em relação à situação de seus atletas.
A medida visa evitar que o nome da CBF seja citado pelos clubes que tentam reverter as punições ou se defender de possíveis sanções. Alguns utilizam o argumento de que a entidade liberou a participação, o que poderia complicar a sua situação.
Quem revelou o caso foi Benecy Queiroz, supervisor do Cruzeiro, ao tratar sobre a possibilidade ou não de Breno Lopes, ex-lateral do Paraná e contratado pelo time mineiro, estrear, depois de duas rodadas fora por precaução.
"Caso haja divergência entre a opinião da CBF e a da Justiça Desportiva, as decisões desta última é que valerão. É claro, se um clube agir de acordo com a análise da CBF e, posteriormente, vier a ser punido, não se furtará a sustentar, em sua defesa, que a CBF o induziu ao erro, o que prova ser absolutamente inconveniente dar resposta a consulta de clubes", disse Carlos Eugênio Lopes, diretor jurídico da CBF, ao ESPN.com.br.
O diretor Alexandre Mattos, do Cruzeiro, não gostou da medida: "É ela quem faz o regulamento. É isso que não dá para entender", afirmou. Segundo Benecy Queiroz, a entidade disse, por meio de Manoel Flores, gerente de competições, que o jogador tinha condição regular, mas desejava ter a comprovação por escrito, o que foi negado pela CBF.
Breno Lopes assinou contrato de cinco anos com o Cruzeiro, mas já havia realizado seis jogos pelo Paraná na Série B. As normas do Regulamento Geral de Competições e Regulamento Específico da Competição geram dúvidas nos dirigentes, o que pode gerar punições por descumprimento da regra. Um jogador não pode atuar sete vezes por outro clube na mesma divisão, mas não fica claro se a regra vale em divisões diferentes.Veja também Mundial de Clubes já tem tabela definida Emanuel Biancucchi agradece o apoio da torcida tricolor
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