Clayton, meia-atacante do Serrano, treinou com o melhor técnico do mundo

O meia-atacante Clayton, do Serrano, orgulha-se de ter sido discípulo do melhor técnico do mundo. “Com ele aprendi a ser profissional, a levar cada detalhe a sério. Ele tem uma forma de gerir o plantel que consegue deixar todo mundo feliz. A gente não só jogava futebol como convivia muito bem”. Sim, Clayton se refere ao português José Mourinho, técnico do Real Madrid, eleito o melhor do mundo em 2010 pela Fifa.

Os dois se conheceram no Porto, de Portugal, e trabalharam juntos por um ano e meio. Mourinho assumiu o time em 2002. Clayton já jogava lá desde 1999. “Nós ganhamos tudo que disputamos naquela temporada”, lembra. Inclusive a Copa da Uefa, segunda mais importante da Europa, em 2003. Recordações e amizade mantidas. “Fui visitá-lo no ano passado e ele me recebeu super bem”, conta Clayton.

Telefone - Durante os quatro anos no Porto, Clayton conheceu também muitos brasileiros, como Deco, Jardel e Pena. O último atua com ele no Serrano e foi o responsável pela contratação do amigo. Aos 35 anos, depois de passar por oito clubes europeus e quatro brasileiros – entre eles o Atlético Mineiro, onde começou – Clayton havia decidido parar de jogar.

Já estava há seis meses sem tocar na bola, vivendo na terra natal, São João do Paraíso, interior de Minas Gerais, a 150 km de Vitória da Conquista, quando o telefone tocou. “Pena me disse que tinha um projeto legal no Serrano. Conheci o pessoal e achei legal fazer parte do projeto”. Em dezembro, assinou contrato.

“Me mudei pra Conquista com minha família, até porque tenho negócios aqui. Foi um casamento perfeito”, avalia o meia do Serrano. A estreia é domingo, às 16h, contra o Bahia, no Estádio Lomanto Júnior. Quem estiver na arquibancada ou diante da tevê, verá em campo a reedição da parceria do Porto: Clayton e Pena. É bom os adversários ficarem atentos, pois entrosamento não vai faltar. “Nós não só jogamos juntos como convivíamos juntos. A gente se conhece dentro e fora de campo”.

*Matéria publicada na edição impressa do Jornal Correio* do dia 14 de janeiro de 2011