O placar do Barradão marca 0x0 aos 35 minutos do primeiro tempo. Vitória e Colo Colo, dia 16 de janeiro, estreia rubro-negra em 2011. Neste instante, Vander sente uma leve fisgada na perna esquerda. Ele decide seguir em campo por mais dez minutos e esperar pelo intervalo.
Foi o que bastou. Vander entrou no vestiário e nunca mais fez o caminho de volta. Além de perder o jogo por 1x0, Lopes ficou sem o meia que tanto elogiou em apenas sete dias de convivência.
No manhã seguinte, o exame apontou uma lesão de grau 2 no músculo anterior da coxa esquerda: até hoje, a contusão de maior gravidade entre os jogadores profissionais do Vitória nesta temporada. "Passei dois meses morando na concentração, em tratamento. Fiquei amigo dos porteiros, Vágner e Salvador. São meus parceiros", diz Vander.
Agora, 75 dias após ter sentido aquela fisgada na coxa, o mineiro aprimora o físico pra mostrar que pode ser aquele jogador que marcou dois gols no primeiro jogo-treino do Vitória em 2011. A previsão para se juntar ao grupo é de mais três semanas. Ao menos, já rola contato com a grama. Bem diferente dos mais de 60 dias que passou no departamento médico, numa rotina que exigia dedicação em dois turnos. Folga, apenas aos domingos, quando encontrava os médicos só pela manhã.
Filha - "Mas Deus sabe o que faz", se conforta o meia de 25 anos. A frase de Vander tem justificativa. Se ele não estivesse em tratamento, seria difícil conseguir uma folga de três dias pra dar um pulo em Belo Horizonte e registrar a filha Aisis, que nasceu 9 de fevereiro. Ainda assim, Vander só pôde ir a Minas Gerais 15 dias depois do nascimento. Quando a pequenina chegou, às 16h30, adivinha onde ele estava? No departamento médico, claro.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 31 de março de 2011
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