Quando Daniel Alves, lateral do Barcelona, comeu uma banana que foi jogada em sua direção, o ato repercutiu no mundo, o tornando um dos ícones contra o racismo no futebol. O caso mais recente, ocorrido com o goleiro Aranha, do Santos, também repercutiu muito. Quem não perdeu a chance de falar sobre o que aconteceu na partida entre Santos e Grêmio foi Pelé, que afirmou que o goleiro santista havia se precipitado em querer brigar sobre o ocorrido. Diante das declarações, Daniel criticou o posicionamento do Rei do Futebol.
“Não compartilho a opinião dele. Acho que temos que denunciar o feitor dessa atitude, temos que ridicularizá-lo perante todo mundo e apresentar quem realmente está fazendo isso, para que quando os outros queiram ter essa atitude eles saibam que serão ridicularizados. Uma pessoa afrodescendente como o Pelé, deveria ter um outro conceito em relação a isso. Essa atitude é o mesmo que lavar as mãos, sabe? Parece: ‘eu não opino porque, de repente, não sei que opiniões vão ter sobre minha opinião?'. Discordo dele", disse Daniel em entrevista ao site Terra.
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Daniel diz que certas coisas que acontecem no futebol, como um xingamento é até aceitável. Mas, que descriminar uma pessoa pela cor da pele e ainda insistentemente, não é possível aceitar, tem que ser denunciado.
“Eu disse que não julgaria as atitudes do futebol, mas certos tipos não dão. Tudo tem um limite. Um insulto é uma coisa, porque você está ali no calor do jogo, na adrenalina... Mas com relação a isso, estamos falando de algo mais sério. Não é ‘filho de tal’, isso é um insulto de jogo, você está quente, torcendo, e pode escapar. Eu vi as imagens, era insistentemente falado. Não foi um ‘ah...’, foi um ‘ah, ah, ah...’ e continuou falando. Acho que temos de denunciar isso, se não vai continuar acontecendo”, finalizou. Veja também Caso Aranha: Patrícia Moreira e outros três são indiciados por injúrias raciaisPágina racista é criada no Facebook em apoio a Patrícia MoreiraGoleiro vítima de racismo foi expulso em jogo da Série D
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