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Diário de bordo, dia 1: saiba como estão sendo os dias do repórter do iBahia que está na Chapada

Primeira noite na Vila Brasil Ride, em Mucugê, foi de frio e pernoite de estreia numa barraca de camping

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23/10/2011 às 20:56 • Atualizada em 05/09/2022 às 0:05 - há XX semanas
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Ao menos quanto a espaço, barraca não foi problema
Já subi serra, já fiz trilha, já andei muito no mato. Faltava dormir numa barraca. Chegou a hora. Depois de viajar oito horas entre Salvador e Mucugê, para mim, ciclistas de várias partes do mundo, jornalistas e muita gente da organização da Brasil Ride, a noite de descanso iria ter um reduto um tanto quanto novo. É folgada... O colchão de solteiro já estava lá esperando e ainda sobrava espaço, mas na mala já havia um saco de dormir - térmico, por sinal. O medo do frio prometido em 12º deu frutos antes de sair de Salvador.Não há comprações à cama da gente, esta é imbátivel, mas não deu pra reclamar ao amanhacer. Sem frio, sem dores no corpo e renovado. Vai ver o tempero do sono é o cansaço mesmo. Passada a noite, o domingo, que só teve cara de tal porque o calendário estava dizendo, era o dia em que, de fato, os aros das quase 300 bicicletas iriam girar de verdade e o trabalho do repórter, convidado pelo evento, começaria. Trabalho esse numa espécie de "Torre de Babel", só não é a própria porque apesar de virem de 18 países diferentes, praticamente todos os ciclistas estrangeiros falam inglês, a dita cuja língua universal. Do que vi, apenas dois poloneses não se renderam, eles podiam dizer o que bem quisessem, alí não tinha conversa certa.
Depois de sair falando com meia dúzia de ciclistas e tirar outras dezenas de fotos, a primeira prova estava realizada. Hora do almoço. Sobre essa parte, uma observação interessante. Na mesa do restaurante, sozinho, vi quando um grupo de cinco ciclistas norte-americanos se aproximou do balcão para pesar seus pratos, até aí tudo bem. A balança tratou de informar à senhora do caixa quanto ela deveria receber. Aí veio a parte legal. Ela, já de meia idade, poderia até não saber muito de inglês, mas o olhar sugestivo fitou nos americanos e a boca soltou um medroso "drink?". Aquilo bastou pra que todos ali se entendessem. Coisas que a força do hábito ensina a quem convive há muito tempo com esse tipo de visitante. O dia chegou ao fim sem muitos contratempos. Na verdade nada que atrapalhasse o trabalho. Pouco antes de deixar aqui essas primeiras impressões, um jantar com todas as centenas de participantes e alguns colegas jornalistas fechou bem o dia, que foi só o primeiro. Faltam seis. Muito proveitosos, espero. Vou voltar pra barraca. Até já.

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