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ESPORTES

Elogiado por Anitta, jogador de vôlei gay fala sobre aceitação

Assumido desde os 20 anos (hoje ele tem 26), Vinícius revela que sofreu muito ao se abrir para a família, que ainda não aceita sua homossexualidade

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Redação iBahia

31/07/2021 às 19:15 • Atualizada em 28/08/2022 às 9:00 - há XX semanas
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Há uma semana, Vinicius Freitas virou notícia após ser elogiado nas redes por Anitta, com quem chegou a trocar mensagens pelo direct do Instagram. Depois do episódio, o jogador de vôlei masculino de praia, que está em Tóquio, viu seu números de seguidores aumentar. Namorando há pouco mais de dois anos o médico Rafael Helmer, ele se diz acolhido entre os colegas de esporte e feliz por ser mais um esportista dando visibilidade à comunidade LGBTQIA+.
Assumido desde os 20 anos (hoje ele tem 26), Vinícius revela que sofreu muito ao se abrir para a família, que ainda não aceita sua homossexualidade.
"Minha família é muito religiosa e não reagiu de uma forma muito boa. Eu sofri muito. Mas me agarrei muito a Deus e ao esporte pra permanecer firme. Ainda não me aceitam, mas aprenderam a me respeitar e dar o meu espaço. Não é como eu queria, mas é só o que eu preciso. Ainda moro com eles. É difícil me expor, falar sobre minha orientação, porque tudo que repercute respinga neles. Mas faço, porque tenho consciência que é uma forma de combater, e assim esperar que, num futuro próximo, as pessoas e as famílias mudem a mentalidade e para que ninguém sofra mais com essa intolerância enraizada", diz o jogador de vôlei ao Gay.Blog.
No esporte, no entanto, tem sido diferente. No lugar da rejeição, o acolhimento: "Me sinto acolhido por todos eles. Inclusive minha equipe, que teve um papel fundamental desde o início pra que eu pudesse ser eu mesmo e encontrar o melhor de mim".
Mas a aceitação entre os colegas muitas vezes não chega até a torcida, como, por exemplo, de quando foi ele vítima de ataques homofóbicos durante uma partida. "Uma vez, competindo na etapa do circuito brasileiro, num jogo valendo a medalha de bronze, fui vítima de ataques homofóbicos vindo de um torcedor na arquibancada. Aqueles ruídos me afetaram de certa forma. Mas graças a Deus as pessoas se mobilizaram pra acabar com aquilo que estava acontecendo. É triste que ainda estamos suscetíveis a esses ataques preconceituosos, mas por outro lado fico esperançoso, porque em outros tempos ninguém iria repreender essa atitude", lembra.
Segundo Vinícius Freitas, o clima na Olimpíada de Tóquio é outro, e ele comemora essa maior visibilidade. "Acho que durante os jogos olímpicos tem ficado muito claro a nossa união quanto comunidade. Vejo todo o mundo dando voz e força neste momento em que os olhos do mundo estão voltados pra quem está aqui. Fico muito feliz e esperançoso por isso", diz o atleta, revelando também que o contato virtual com Anitta não passou de uma resenha: "Eu e Rafael temos um relacionamento monogâmico. O lance com a Anitta não passa de uma resenha, até porque admiramos demais ela como artista. E uma terceira pessoa na nossa relação não faz parte do nosso interesse".

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