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Gabrielle Neri tem 22 anos e começou a correr com 15 |
Gabrielle Neri tinha apenas 15 anos quando conheceu a corrida de rua. Na flor da adolescência, queria perder uns quilinhos para se sentir mais bonita. "Eu estava bem gordinha, vestia tamanho 44 e pesava 67kg. Aí comecei a correr com o objetivo de emagrecer", conta. Conseguiu diminuir as medidas, fez as pazes com a balança e passou a ver o esporte com outros olhos. "A corrida de rua é um esporte altamente saudável se praticado da forma correta. Além de ajudar a manter o corpo legal, dá um bom condicionamento físico e qualidade de vida", pontua. Gabrielle gostou tanto do esporte que acabou descobrindo nas pistas sua verdadeira vocação: ser atleta. "Tomei gosto e logo comecei a competir". Até os 18 anos, ela participou de muitas maratonas. E foi ali que decidiu migrar para o triathlon, esporte que, além da corrida, envolve natação e ciclismo. "Eu tinha vontade de fazer triathlon, mas não sabia nadar. Aí aprendi e comecei. Hoje, o triathlon é minha verdadeira paixão", diz.
China - Os anos dedicados à corrida de rua fazem a diferença na hora das competições. "É a corrida que define o triathlon, pois é a última modalidade que a gente faz. Se você não corre bem, nunca vai ganhar uma prova. A corrida é fundamental", explica a triatleta de 22 anos. A desenvoltura dela na corrida também facilita a vida do técnico Fábio Ramos. "Fica mais fácil porque no treino a gente pode focar no ciclismo e na natação". No domingo passado, Gabrielle fez o melhor tempo na prova de corrida na categoria elite sub-23 do Pan-Americano de Triathlon disputado em Vila Velha, no Espírito Santo, o que a ajudou a ficar em quarto lugar na colocação geral. Hoje, ela embarca para a China. Gabrielle vai representar a Bahia no Mundial de Triathlon, que será disputado em Pequim, dia 10 de setembro.
Experiência - No ano passado, após ser campeã brasileira, Gabrielle se profissionalizou no esporte, mas vai disputar o Mundial ainda na categoria amador. Isso porque ela estava com sinusite no dia da seletiva para o profissional e não teve condições de disputar a vaga. Mesmo assim, está animada. "Vou pra conhecer a prova, pois é meu primeiro Mundial e o nível é diferente. O objetivo é ganhar experiência para no próximo ano competir no profissional", vibra.